sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Anjo triste... Asas caídas... Peito machucado... Apenas vazio...

Eu preciso expurgar de mim a vida que me impuseram...


De repente o meu castelinho de cartas caiu e o único dom que me restava foi-se pelo ralo..


NÃO CONSIGO MAIS ESCREVER!


O véu da idiotia talvez tenha caído sobre mim e levado consigo a força que eu tinha com as palavras...


Agora me torno mortal, simplória, resto, pó... Um tanto de nada...


Agora cai a minha armadura, desaba então o meu escudo, desgruda de mim o campo invisível que me protegia...


Não posso mais nem me mostrar nem me esconder... Eu sou as minhas palavras e se elas se vão o que resta de mim? O que posso mostrar ou esconder? O que resta de mim sem as palavras?


Acho que vou demolir este espaço e me recolher ao mundo da insignificância, ao mundo de vazio, aquele mesmo mundo que eu habitava antes de vir aqui e pintar estas paredes com minhas "tintas palavrais" (assim mesmo que você leu "palavrais")...


Um mundo frio e cheio de cavernas escuras... Eu vagava em suas trilhas e jamais conseguia me achar... Nunca fui feliz neste mundo... Aliás... Nunca fui feliz em mundo nenhum... Nem no mundo da minha imaginação...


Sempre achei que a solidão fosse meu porto-seguro, minha fortaleza... Hoje ela me dilacera... Faz de mim pedaços do que nunca fora... Do que nunca serei...


Estou anestesiada, no que diz respeito a inspiração... Parei diante da minha imagem congelada no espelho... Não ouço mais o eco que vinha de mim... Agora, só ouço os "ecos do silêncio"...


Me tornei vazio, nada, sombra, espectro do que nunca fui...


Eu morri de certa forma...

Por hora... Adeus! Melhor, até breve... Quem sabe?


Abraço!

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