quinta-feira, 12 de julho de 2007

VAIDADE EM PALAVRAS...

Escrever é, por vezes, deveras relativo...

Por que cismamos em transpor a papeis, sentimentos tão íntimos, tão intrínseco do ser humano?
Por que transformar em prosa e verso os sentimentos agonizantes, intermediários e até mesmo os bons sentimentos?

Por que a necessidade de exibir ao mundo um mundo até então só seu?

Por que?

O ser humano que pensa, logo existe, tem em seu intimo uma vaidade que o domina e o faz trazer escritas, seja por tinta, carvão ou fumaça, palavras que revelem aos outros seres, seus iguais, que pode ser diferente (e o é)... Porque desvirginam brancas folhas com suas sujeiras, suas dores, amores... Como se assim seus sentimentos se tornassem imortais... Fazendo com que sua vaidade o cegue e aos que se deixam impressionar por suas palavras vãs, que ecoarão no vácuo, para repousar na imensidão do esquecimento...

Como estas palavras aqui descritas, por alguém que, num instante de desvario, deixou sua mão guiar uma caneta (agora um mouse... na versão digital do texto), para relatar (vaidosamente) momentos de instabilidade, que lhe cortaram a carne e ferindo-lhe o brio...

Palavras de um mês de agosto... Levadas pelo vento frio...

(Texto resgatado das cinzas... Apenas pra dizer que escrever é a minha vaidade... Meu pecado capital... Texto escrito em agosto de 2002...)

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