quinta-feira, 27 de junho de 2013

Meu momento...

Eu hoje tive um pesadelo e levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo e procurei no escuro
Alguém com seu carinho e lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro 

Desculpa pra um abraço ou um consolo

Hoje eu acordei com medo mas não chorei
Nem reclamei abrigo
Do escuro eu via um infinito sem presente
Passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim,
que não tem fim 
De repente a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu
Há minutos atrás

Perdendo as forças...

E ontem eu chorei... E hoje também...

Ontem eu chorei tanto, senti tanta coisa, desliguei o celular e chorei, chorei, chorei até não aguentar e dormir...

Pedi a Deus orientação, blasfemei até, cuspi um tanto destas dores que me trazem em carne viva...

Não, não está nada fácil pra mim lidar com tanta coisa, tanta mudança, tanta solidão, angústia, medos, tristeza, oscilação de humor, raiva, nervosismo e tudo mais...

Tô me sentindo muito mal, perdida, sozinha, sei lá, nem cabe escrever sobre isso... Me dá um aperto ainda maior no peito...

Se a vida queria me quebrar, me humilhar, ralar minha cara na lama, parabéns, conseguiu...

Tô tão cansada... Mais psicologicamente do que fisicamente... É como se o peso da vida caísse sob minhas costas...

Não pensei que seria tão difícil aguentar tudo isso sozinha... Chegar em casa, dar de cara com o vazio, com o silêncio e não enlouquecer...

Não sou tão forte quando imaginava e muito menos o quanto dizem que sou...

Ontem senti falta até do pai que eu nunca tive, do meu vô que partiu tão cedo, do marido que nunca chegou, do colo que eu... Deixa pra lá...

Desliguei o celular pra que ninguém sentisse "vontade" de me ligar, de saber de mim, de cumprir protocolos... A vontade que eu tinha era de jogá-lo no lixo, junto com todo o resto...

Hoje eu saí de casa chorando, sentindo uma angústia imensa... Quase bati minha moto em outra moto num cruzamento... Chorei durante todo percurso até o trabalho e ao chegar lá voltei a engolir as dores, os dissabores e todo o resto... É melhor fingir que tudo está bem do que ter que explicar o que não tem explicação...

Agora estou aqui com uma vontade imensa de sair gritando, de me esconder num lugar bem longe, lá no alto da montanha mais distante e poder chorar tudo isso que eu não sei dizer, que eu não sei demonstrar... Tudo isso que eu só sei sentir...

Tô cansada de tanta espetada da vida, de tanto insucesso, de nunca ter paz...

Acho que Deus deve mesmo ser brasileiro e está acompanhando a copa das "sei lá o quê"...

Tô tentando ser forte mas tem horas que não dá pra fingir tranquilidade num mar tão bravio...

É fácil pedir pra que eu tenha calma, que seja serena, dizer que tudo vai terminar bem... Trocar de vida comigo ninguém quer...

Deixa pra lá né? Quem se importa... No fim é só você contra você mesmo...

Hoje eu não tô legal, não vou ligar o celular, não quero falar com pessoas, não quero fingir gentilezas... Hoje eu só quero o que for de verdade e, "de verdade", não há nada por aqui...

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Eu só quero...

... Um pouco de tranquilidade...

Não quero mais que isso...

Se as pessoas entendessem isso...

Me conte uma história antes de dormir...

Me abrace...

Olhe um pouco nos meus olhos...

Não preciso de espetadas, nem de caridade, nem de sei lá o que...

Eu preciso de carinho, de tranquilidade...

Eu preciso de um pouco de PAZ...

Se as pessoas pudessem ouvir o que eu não digo saberiam lidar um pouco melhor comigo...

Por favor, não me critique...

Eu preciso apenas de "suavidade"...

Eu preciso só de um abraço, de um "tenha calma", de um afago...

O resto? Deixa pra lá...

Cansada...

...De ser julgada, de todo mundo dar pitaco, de todo mundo ter "soluções" pra minha vida, de todo mundo dizer que sou louca, desequilibrada, entre tantas outras coisas...

Se não puderem parar e me abraçar, por favor, me deixem em paz...

Cuidem de suas vidas, dos seus amores, dos seus problemas, deixem que os meus eu mesma enfrento...

Cansei de pedir ajuda e ser mal interpretada, de escrever nesse blog e alguns comentarem "anonimamente" (devem ter medo de mostrar a cara), chega, cansei...

Vou ficar no meu canto, sem pedir nada, sem querer nada, sem feder nem cheirar...

Tem coisas, pessoas e fatos que eu realmente preciso que fiquem longe de mim...

Por favor, se for pra querer "resolver minha vida", vão pro raio que os parta...

Por favor, me deixem em paz com minha loucura, minha carência e as doenças que minha mente quiser produzir...

Cada um responsável por si... Isso sim é "saber viver"...

Ah, e pra quem comentou, tente resolver sua própria vida e suas próprias neuras... Por favor, me tire da sua lista de "preocupações"...

Cansei mesmo...

terça-feira, 18 de junho de 2013

Esperando aviões... (Vander Lee)

"...Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões

Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações"...

Prefiro nem comentar...


sexta-feira, 14 de junho de 2013

E o dia 14/06/2013 chegou...


Bem, o dia 14/06/2013 chegou e com ele o fim dos meus sonhos...

Durante muito tempo da minha vida eu dizia "brincando" que no dia 13/06/2013 eu me casaria com o "grande amor da minha vida", grávida de trigêmeos, com um emprego bacana e seríamos uma família feliz...

Seriam dois meninos e uma menina: Luiz Felipe, Ana Carolina e o outro menino levaria o nome do pai, com o famoso "Júnior" no final...

Os amigos estariam presente, eu com um vestido branco e uma barriga imensa... Feliz, extremamente feliz...

Mas como em todo "sonho de fadas", tudo não passou de imaginação...

Como todos podem ver eu não me casei ontem, não tenho uma casa nem um emprego bacana, até encontrei o "amor da minha vida" mas ele seguiu seu próprio caminho, caminho esse que não me cabe mais... Estou grávida porém de um filho só... E mãe solteira...

Hoje eu vim aqui apenas assinar o "atestado de óbito" do meu "sonho"...

Eu sempre dizia brincando, ria contando os detalhes (que eram muitos, nem quis contar tudo aqui), e as pessoas perguntavam: "Porque essa data e os trigêmeos?" Nunca soube a resposta, eu só sonhava assim...

Bem, hoje, 14/06/2013, eu tenho 35 anos, grávida de quase 4 meses, mãe solteira, formada numa profissão que eu nunca quis, com um emprego razoável mas que tem prazo pra terminar (11/11/2013), sem casa própria, sem um amor correspondido, sem perspectiva de viver mais nenhuma "relação"... Ou seja, hoje minha única perspectiva é que meu filho goste de mim e me respeite... O resto? O que vier é lucro...

Hoje eu desisto de fato de sonhar... 

Depois de tudo isso ficou marcada em mim a frase de um grande pensador:


"Se você tivesse acreditado nas minhas brincadeiras de dizer verdades... Teria ouvido muitas verdades que insisto em dizer brincando... Falei muitas vezes como um palhaço... Mas nunca desacreditei na seriedade da platéia que sorria." Charlie Chaplin

E a vida vai seguir, e eu serei mãe de uma bela criança... Tomara, ao menos ela, goste de mim...

Antes de me despedir gostaria de dizer a você que me lê: Desejo, do fundo do meu coração, que você seja feliz, que seus sonhos se realizem e que o seu "felizes para sempre" aconteça... Muitas e muitas felicidades pra você... Viva aquilo que seu coração acredita... Lute por você... Ame e se permita amar... 

Abraços... 

E que Deus faça de mim o que bem Lhe aprouver...

Obs.: Bebê, a mamãe te ama... Nunca duvide disso...

quinta-feira, 13 de junho de 2013

E depois da queda, o coice...

Depois de perder no teste do DETRAN, sair vagando por aí procurando os remédios que preciso, sem encontrar... Eis o tombo: mais 125 reais de medicamentos...

É, acho que preciso de um banho de descarrego...

Oremos.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Acho que Deus me mandou um recado...

Recebi uma mensagem no celular de um número estranho que dizia:

"Filho (a) Eu sou o seu auxílio. Ao fim de sua caminhada atual estão suas bençãos. Então faça sua parte, tenha fé e confie que eu estou guiando você"...

Me pareceu um sopro nos ouvidos...

Que assim seja Senhor!

E chega um ponto da caminhada em que o "desistir de tudo" é muito mais forte do que o "aguenta mais um pouco"...

Estou exausta, tanto física quanto emocionalmente...

Cansada de tantos tropeços, de tantas esperanças vãs, cansada de esperar o que nunca vai acontecer...

Sim, é a mesma situação de outrora... O que muda? Que agora existem "expectativas"... Melhor como fora antes... Assim não se espera nada, não se acumula tristeza, não se acredita em fadas, duendes e gnomos...

Passo mal todos os dias e com tudo isso não consigo parar de chorar...

Cansada, muito cansada...

Acho que Deus não mediu bem as consequências quando me deu essa responsabilidade...

Queria poder voltar no tempo, queria ter deixado tudo isso pra trás... Queria que nada disso existisse...

Cheguei num ponto em que acreditar fica tão difícil...

Dói em mim dizer tudo isso... Dói muito mais sentir...

E me perguntam se eu estou feliz... 

E me perguntam tanta coisa...

E eu me pergunto: Até onde eu ainda conseguirei ir?

Cansei, de verdade...

Que Deus tenha piedade do "inocente"... Não tem culpa... Não tem culpa...

E me disseram: Não sei quem sofre mais...

Eu só sei responder sobre o que eu sinto...

Mas tem razão quem diz que a culpa é minha... No fundo fui eu quem permiti que tudo isso acontecesse, fui eu quem permiti que meu mundo fosse invadido, fui eu quem invadi o "mundo" dos "outros", fui eu a intrusa, fui eu que me meti nos amores alheios, fui eu quem joguei baixo, fui eu a suja, a vilã, a vadia, e todas as outras atribuições do mesmo nível...

No fundo, eu cavei o meu abismo, eu cavei a minha cova...

Hoje eu desisto dos sonhos, das vontades, do resto de sombras dos desejos...

Cansei de alimentar essa doença, de viver esse vale de lágrimas...

Cansada, de verdade, muito cansada...

Nem peço mais que Deus tenha piedade de mim, só que proteja o inocente até seu primeiro suspiro, depois daí pode esquecer de mim...

Cansada, triste, insone, doente, suja, culpada...

Nada além disso...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ai que vontadeeeeee...

Nenê, olha a gulaaaa...

kkkkkkkkkkkkk

E depois do susto, só me resta agradecer...

Saindo de manhã cedinho, chovendo, de moto e num frio daqueles, a pessoa toda concentrada em ajustar as luvas e respeitar a "preferência" na via, eis que um lapso acabou levando a imprudência, que acabou conduzindo ao susto...

Esqueci da aquaplanagem, fiz uma curva muito aberta e sai raspando o meio-fio com uma certa violência... As pessoas da rua olhando e eu, que quase sofri um acidente mais sério, parei a moto, vi que foram só avarias na lataria, respirei fundo, pois o susto foi grande, e segui meu caminho... 

O resultado disso? Fui pro trabalho na chuva mas com uma atenção redobradíssima...

Passado o susto só me resta mesmo agradecer a Deus pela proteção...

Mas que deu um medo danado, ah isso deu... Rs...

Vida que segue!

Abraços!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

E o filme de hoje seria????

"A espera de um milagre"...

Algumas coisas ficam estampadas na minha cara e todo mundo nota... Infelizmente sou mais "transparente" do que gostaria...

E todo mundo fica perguntando "o que você tem", como se estivessem realmente com "vontade de ajudar"...

Não, ninguém para de fato pra ajudar, querem apenas saber da sua vida, dar conselhos "salvadores do mundo" e seguir suas vidinhas como se tivessem feito uma "boa ação"...

Não, ninguém me deu um abraço, sequer percebeu quando eu chorei escondido... Na verdade, ninguém se importa... Apenas cumprem a famosa "política de boa vizinhança"...

Minha irmã insiste que eu procure um psicólogo, que eu busque ajuda, mas será mesmo que o psicólogo vai pagar minhas contas, arrumar minha casa, montar os móveis, fazer os reparos da casa, consertar meu coração quebrado, acabar com meu medo do futuro, tomar essa dúzia de comprimidos diários por mim e ainda vai ficar lá em casa me fazendo companhia pra afastar o silêncio que grita por lá?

Não, tenho certeza que não...

Ao menos ela eu sei que se preocupa de verdade...

Por hora eu só queria um pouco de paz, de dinheiro, de abraço, dos remédios que acabaram, de um bolo de chocolate e um filme que me transportasse pra bem longe de mim...

Hoje, sem abraços... Meu estoque está zerado...

E a vida segue me testando...

Tanta confusão, tantos problemas, tantos remédios, tantas contas inesperadas pra pagar, tanto desequilíbrio, tanta vontade de fugir, de sair pelo mundo sem rumo...

Será a vida testando meus limites?

Será que tenho forças pra aguentar tudo isso?

Só me resta silenciar e pedir que Deus fortaleça meus ombros, pés e fé...

Que contexto mais complexo eu tenho oferecido pra você meu "bebê"...

Perdoa a mamãe... Juro que eu tô tentando...

terça-feira, 4 de junho de 2013

Algumas coisas "boas" também poderiam ser anuladas assim: por decreto...

E os pensamentos seriam outros, as expectativas deixariam de ser vãs e a vida seguiria outro roteiro...

segunda-feira, 3 de junho de 2013

E minhas metades começaram a se digladiar...

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca

Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.


Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza

Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante

Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.


Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.


Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.


Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.


Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.


E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.


(E que Deus tenha piedade de mim e dos meus pensamentos...)