sábado, 27 de setembro de 2008

Passado... Passando... Será?


Algumas vezes precisamos nos esvaziar pra seguir... (acho que já disse isso aqui)

Mesmo que o passado seja encantador, tem coisas que não mudam por isso...

Não é melhor guardar o belo na lembrança do que retirá-lo de lá e descobrirmos que não tinha o mesmo "glamour" na vida real?

Algumas forças do universo vêm me situando... Mostrando-me que por mais inseguro que seja o futuro, ele tem tudo pra ser inúmeras vezes melhor do que foi o tempo que passou...

Muitas perguntas me trouxeram até aqui, mas nenhuma foi tão marcante quanto: "Até onde o 'passado' seria capaz de ir por mim?"

Ainda não encontrei resposta...

Abraço!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

"Tenho esperança? Não tenho."



Tenho esperança? Não tenho.
Tenho vontade de a ter?
Não sei. Ignoro a que venho,
Quero dormir e esquecer.

Se houvesse um bálsamo da alma,
Que a fizesse sossegar,
Cair numa qualquer calma
Em que, sem sequer pensar,

Pudesse ser toda a vida,
Pensar todo o pensamento -
Então [...]

Fernando Pessoa, 11-12-1933.

domingo, 21 de setembro de 2008

Revendo conceitos...

Andei pensando em alguns ditados que deveriam ser reformulados... (kkkk)

  • Quem espera... Sempre cansa...
  • Quem é vivo... Desaparece...
  • Água mole, pedra dura, tanto bate até... Que cansa...
  • Dando uma de João sem... Corpo...
  • Quem com ferro fere... Deveria pegar tétano...

Estes são os que mudaria no momento... Mas, certamente, voltarei pra mudar mais alguns...

(kkkkkkk)

sábado, 20 de setembro de 2008

Tocar a vida...

De repente, quero tocar a vida...
Tateá-la, descobrí-la, desnudá-la...

Quero sentir sua aspereza e suavidade...
Percorrer meus dedos em sua complexidade...

Descobrí-la plana...
Côncava... Convexa...
Simplesmente tocá-la...

Quero a vida roçando em minha pele...
Percorrendo-me a face...
Causando-me arrepio...

Quero tê-la em mim por inteiro...
Preenchendo meus recantos vazios...

Que se faça dia quente ao meio-dia...
Desfaça-se então a afasia...
Rasgue minhas cortinas...
Adentre por minhas janelas...

Desbrave meus caminhos...
Aconchegue-se em meu ninho...
Mostrando a beleza do que ainda hei de viver...

(Nativa... 20.09.08... 20:30... Apenas desabafando...)

Uma nova fase....

Depois de um longo período de "quase tudo", me vejo vivendo um momento de "quase nada"... Explico...

Vivo sempre buscando respostas para os questionamentos que a vida me impõe (acho que somos todos assim) e, algumas vezes, me sinto quase toda preenchida (quase tudo), até que a vida vem e sacode tudo, esvazia-me, deixando-me perdida (quase nada)...

É como se de uma hora pra outra você deixasse de ser o que é e tivesse que se reconstruir... E sem nenhuma referência, pois tudo que fazia parte de ti deixa de ter relevância... E, do nada, você tem que fazer um novo caminho...

De certo que "esvaziar" é preciso (assim como viver), mas deveria haver uma preparação pra este momento...

Não sei se acontece com todos mas pra mim é como se me desnudassem no meio da multidão...

Agora, neste "quase nada" que me cerca, restou-me apenas umas vagas lembranças do que ser, de como agir, de onde ir... Nossa, é meio assustador... (rs)

Nada tem o valor que outrora tinha...

É uma quebra de vínculos, uma espécie de rompimento/fim de ciclo... Como se estivesse desviando do rumo e alguém passasse uma borracha no caminho que já percorri, afim de me permitir seguir sem o peso dos tempos idos...

Um novo caminho... Nova tela, novas cores... Pinte!

E me vejo aqui, escrevendo sobre o que ainda nem sei... Tentando enxergar o que ainda não tenho formado na mente como referência...

Sei, sei... É um momento de mudanças... Mas o que mudar? Onde? Quando?

Minha irmã disse que no meio da minha bagunça eu sempre acho coisas bonitas... Será esta a dica?

Eu tinha até me esquecido que este é um ano "1"... De recomeço... Mas vamos lá...

"O que tem que ser, será!"

Abraço!

CANÇÃO ÓBVIA... (Paulo Freire)

Escolhi a sombra desta árvore para
repousar do muito que farei,
enquanto esperarei por ti.
Quem espera na pura espera
vive um tempo de espera vã.
Por isto, enquanto te espero
trabalharei os campos e
conversarei com os homens
Suarei meu corpo, que o sol queimará;
minhas mãos ficarão calejadas;
meus pés aprenderão o mistério dos caminhos;
meus ouvidos ouvirão mais,
meus olhos verão o que antes não viam,
enquanto esperarei por ti.
Não te esperarei na pura espera
porque o meu tempo de espera é um
tempo de que fazer.
Desconfiarei daqueles que virão dizer-me,
em voz baixa e precavidos:
É perigoso agir
É perigoso falar
É perigoso andar
É perigoso, esperar, na forma em que esperas,
porque esses recusam a alegria de tua chegada.
Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me,
com palavras fáceis, que já chegaste,
porque esses, ao anunciar-te ingenuamente,
antes te denunciam.
Estarei preparando a tua chegada
como o jardineiro prepara o jardim
para a rosa que se abrirá na primavera.

Paulo Freire: Genève, Março 1971

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

E como valeu...

Dizendo... Sentindo...


"Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes... E então saberás que eu me feri mas também me curei."

(Tagore)

8 anos de ausência...

Hoje eu queria escrever sobre a saudade... Sobre a saudade que sinto de você e que sei que sentes de mim...

Sei que muito é culpa da vida, da bendita programação da existência, mas o Mestre nos deu livre arbítrio...

Conto nos dedos quantas vezes pudemos estar juntos nos últimos anos... Nos últimos 8 anos...

De quem foi a culpa?

Se amar é um estado elevado do espírito, porque estamos passando por isso?

Eu aqui, pensando em ti...

Você aí, querendo estar aqui...

E o destino pregando peças...

Ampliando o abismo que me separa de ti...

(Aos 8 anos de ausência... Como um presente inverso... Saudação a um tempo, que agora não torna mais...)

Vi por aí... Repaginei...

Quem é você? Não sei dizer...

Amor: O que me falta... O que me sufoca...

Calma: Tenho... Mas o tempo urge...

Paixão: Um tipo de "amor" que eu bem conheço...

Raiva: Inverso do reverso...

Ansiedade: Palpitar de um coração já não tão quieto...

: O que ainda me move...

Verdade: Existe uma missão para cada espírito...

Saudade: Do tempo em que escrever cartas de amor não era ridículo...

Medo: Da solidão se permitir instalar...

Carência: Não me abandone...

Preguiça: Pausa no meio da pausa...

Força: Um grito, uma lâmina, um corte... O sempre 'seguir' mesmo quando se quer parar...

Tesão: Ahhhhhh...

Cumplicidade: Tua mão, minha palma... Teu olhar, meu abrigo... Meu, teu, nosso... Juntos caminhar...

Esperança: O 'finito' que nunca finda...

Vícios: Meus pedaços, meus traços, retrato exato de mim...

Palavras: Meu eterno refúgio... Minha fortaleza...

Alegria: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...

Tristeza: Recolhimento... Lição...

Culpa: De quem será?

sábado, 13 de setembro de 2008

Um ano depois... (Colibri)

Hoje, ao almoçar no mesmo lugar que o fiz um ano atrás, no mesmo evento (Semana Espírita), lembrei de uma coisa que aconteceu e que balançou muito o meu mundo...

Conheci uma pessoa muito especial no ano que passou (a única que tem um post com seu nome neste blog) e que me fez ver e querer um mundo tão bonito... Chegamos a construir planos e fixar metas... E um sentimento tão bacana surgiu... A gente criou um laço forte, onde a cumplicidade era tão presente... Mas tudo que começa tem fim... E ele (que estava tão longe) se foi... Sem "porquê", sem palavras... Com um tanto de mágoa...

Exatamente a um ano atrás ele se foi... No dia seguinte ao fim do evento que citei...

No momento do adeus eu sofri... Tanto, tanto, tanto, que minha vida caiu em meus pés... Mas existe um Ser que é superior a nós e que nos fortalece... E nos faz tirar lições de tudo....

Hoje, um ano depois, eu consegui lembrar com doçura daquele que se foi...

Gostar de alguém significa querer-lhe bem, não importando onde, ou com quem... Por isso, desejo que ele seja muito feliz no caminho que escolheu... Que as pessoas ao seu redor sejam fontes de luz e compartilhem com ele a doçura, beleza e singeleza da amizade...

Que a felicidade se estampe sempre em tua face e em todas as outras que a tua fitarem...

Assim eu venho trazer-lhe meu abraço fraterno, meus votos de muito sucesso e meu agradecimento pelo tempo que por aqui ficou...

A beleza do caminho está no eterno caminhar...


Tudo de bom pra você Colibri... Here, There and Everywhere...

sábado, 6 de setembro de 2008

Nem sei...

Pra quê tanta dúvida?
Pra quê tanto medo?

Já não somos crescidos o bastante pra sabermos o que queremos?
O que nos completa?

Pra quê perder ainda mais tempo com as miudezas da vida?

Quem entende o medo?
Quem o põe ante ao amor?
Quem prefere vegetar a viver?

Não sei se estou certa, mas errada também não estou...

Abomino quem usa o medo como freio...
Solta as amarras que te prendem...
E usa teu medo como motor...


Ai ai...

(Nativa... Nem sei o motivo de escrever isso... Mas se escrevi é por que, em algum momento, vou precisar ler...)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Para que se sintam sempre amados...

AMIGOS

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão, pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis e nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos e nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
TENHO AMIGOS PARA SABER QUEM EU SOU. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil."

( Oscar Wilde )

"Carpe Diem... Tempus Fugit"...


(Precisa explicar??? )

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Ouvindo... Lembrando... Aconselhando... Fazendo-se lembrar...


"...Não me fale do seu medo
Eu conheço inteira sua fantasia
E é como se fosse pouca
E a tua alegria não fosse bastar
Quando eu não estiver por perto
Canta aquela música que a gente ria
É tudo que eu cantaria
E quando eu for embora, você cantará..."

(Estrelas - Oswaldo Montenegro)

Pra quê explicar? Só quis falar...

Mais uma vez estou aqui...

Escrevendo "sentimentalidades"...

Os últimos dois dias foram de descobertas, de verdades, de pranto e realidade rasgando a fantasia...

Um amigo muito especial sempre me dizia: "Mexer em feridas antigas é pior que abrir uma nova ferida"... E eu sempre lembro disso quando as coisas do passado me batem a porta... Apesar de nunca levar ao pé da letra...

Ouvir o amor ferindo voluntariamente dói... Dói mais que qualquer outra dor... Até mesmo que a dor de dente...

E eu me arrasto... Carregando o coração machucado... Sangrando as velhas feridas... Mesmo tendo ouvido tantas vezes o conselho amigo...

Eu bem sei o valor da frase: "O coração tem razões que a própria razão desconhece"...

Hoje o mundo apenas voltou ao eixo... Como se mostrasse que nem tudo que se quer é possível... Que nem tudo que se almeja é sonho... Que nem todo sonho é conjunto... Que nem sempre, seguindo o mesmo caminho, os corações vão se encontrar...

E cada vez que caio, cada vez que insisto, cada vez que trago as lembranças pra realidade, só me resta uma dor antiga, maximizada, conhecida, mal curada... Aquela que dói mais do que se aguenta... Que ofusca mais do que qualquer luz...

E cada vez que retorno, lembro por que eu tinha ido... Porque tinha sofrido...

Porque não torna mais...

Não basta engavetar o passado... É preciso exorcizá-lo...

A fogueira com os sentimentos de outrora...

A guilhotina com os amores mal-curados...

A forca com esta saudade... Que insiste em nos rodear...

Foi eterno, como fora a chama...

Será eterno... Como o voar das cinzas...

De um momento que deixou marcas, mas ao pó deve retornar...

A vida é muito mais... O amor é muito mais... Nós somos muito mais...

Que o novo caminho seja realmente novo... Com cheiro de plástico bolha e gosto de sorvete de chocolate em tarde de verão... Que seja a minha mão, portadora da minha felicidade... Que nunca mais eu tente, em outras mãos, a felicidade encontrar...

Fim? Não sei dizer... Prefiro o som do "RECOMEÇAR"...

(Nativa... 01.09.08... 01:19... Não sei precisar o que sinto... Nem o motivo desta "escrita"... Apenas despejando as letras que teimaram em se juntar...)

Sei lá... Apenas escrevendo...

Hoje, mais do que ontem, sei o quanto te preciso...
O quanto de mim te faz falta...

Hoje, tua voz e tua lágrima, calaram meu pranto...

Hoje, meu coração foi além de mim...
Além de ti...
Além dos "nós"...

Hoje, mesmo ante o abismo, mesmo sentindo a distância,
Fomos apenas crianças...
Brincando de eternizar...

Hoje fostes minha fantasia...
Fostes minha agonia...
A dor e magia, o afago...
O par...

(Nativa... 01.09.08... 01:00)