quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Começo da minha desconstrução...


É... Já vi que ando mais solta do que deveria...

Ando dispersa, isso pra não dizer perdida...

Muitos dos caminhos que tracei para este ano se mostraram errados... Ruas tristes... Sem saída...

Hoje as perdas se acumularam e o soluço foi inevitável... Depois da queda o coice...

Puxa como eu queria ter um amigo hoje... Aqui...

Algumas vezes os olhos de alguém querido aliviam tantas dores... Mas as pessoas estão ocupadas demais com suas vidas... O que eu posso cobrar? Eu mesma tenho tão pouco a oferecer...

Estou me sentindo como na canção: "Um edifício no meio do mundo" (Ana Carolina)...

A vontade que eu tinha agora era de estar num lugar bem longe... Contemplando o infinito... Me sentindo partícula do universo...
Hoje todo meu vazio está preenchido de agonia...

A vontade que sinto é de encher de ar meus pulmões e, em seguida, liberar um grito tão alto, tão forte, que conseguisse esvaziar tudo que fora tão dolorosamente preenchido...

Hoje eu vi que a sorte prevalece ao espírito preparado... A quem, ao menos, tem mais esperteza que eu...

Quero minha casa, meu quarto, minha cama, a proteção que existe embaixo do meu edredom... Envolvida no calor do meu mundo de ilusão... Nos braços do meu amigo de pelúcia que sempre me acolhe, me protege, me ouve... Deixa que minha cabeça repouse em seu colo... Que minhas lágrimas molhem seu dorso... Que está sempre ali, na porta dos meus meus sonhos... Velando o meu dormir...

Parem o mundo... Eu quero descer...

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