É... Meu "instigador de pensamentos" voltou a me colocar pra pensar...
Em uma conversa habitual acabei respondendo de maneira um pouco "poética" (se é que isso seja possível)... E ele, como sempre, sai com uma pergunta chave: "Você está Apaixonada?"... A resposta automática veio: "Depende do tipo de paixão"... "Por um homem"... "Não... Por uma mulher... Por mim!"... "Isso já é parte do caminho pra um homem se apaixonar por ti" (trechos da conversa)...
A conversa mudou de rumo mas a semente ficou plantada em meu íntimo...
Realmente, escrevo melhor quando estou apaixonada, e a paixão é o combustível do poeta, é o tempero da inspiração, e eu, com muita pretenção (rs), também me movo por paixão... já imaginou Shakespeare sem paixão? Vínicius? Pessoa? Seria o cáos... Certamente teríamos muito mais políticos que poetas no mundo se a paixão carnal não corresse nas veias dos "Imortais"...
Quem acompanha o que escrevo deve ter percebido que eu sumi daqui... A resposta para este sumiço talvez seja por falta de paixão mesmo... (rs)
O ano que passou foi muito "inspirador", porém a queda deixa marcas muito profundas... Apaixonar é uma delícia, a maior de todas as delícias eu diria, mas "desapaixonar" não é fácil... Sou muito transparente e não saberia mostrar um sentimento que não estivesse vivendo... E neste momento estou curando as feridas de uma paixão... Estou naquela de recolhimento... "Regando meu jardim, cuidando bem de mim" (Vander Lee)...
Não aprendi viver nada pela metade e me apaixonei mesmo por um homem que se mostrou tão especial e balançou meu mundo num momento em que eu estava "replantando minhas flores"... Mas ele fôra um furacão de proporções tsunamicas... Chegou como brisa e foi embora depois de destruir todo o projeto paisagístico construído a quatro mãos... Restando-me apenas tentar entender o porquê de Deus permitir tal estrago...
Sempre fica a lição depois da queda...
Hoje eu vivo um momento de introspecção (que é normal depois de uma grande lição), buscando fortalecer minhas concepções, firmando meus conceitos, me auto-firmando, afinal as pessoas vêm e vão e no fim sou eu que fico... Como no texto "Filtro solar": "A peleja é grande e no fim é só você contra você mesmo"...
Não estou escrevendo muito mesmo... Escrevo aqui e alí, tudo "off line", mas não estou numa maré de inspiração... Casúlo... Assim estou agora... Recolhida pra renascer uma borboleta...
Nada que assuste, apenas um momento de reconstrução e isso se faz com cautela, cuidadosamente, afinal de contas ninguém quer ver sua construção, seu alicerce, sua estrutura, desabar... Estou certa?
Volto logo logo... Prometo não demorar... Vou digitando o que já escrevi no papel aqui e sempre que a inspiração me invadir, corro aqui e divido-a com vocês...
Respondido "Menino"? Espero que sim...
Abraço!