domingo, 11 de maio de 2008

E a vida segue "traveis"...

É... Essa coisa de dizer que todo mudo é médium me confundia... Eu pensava: ou sou uma porta ou não sou "todo mundo"...
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As respostas sempre chegam... Não sou uma porta... Todo mundo? Sim, talvez seja...
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Venho com o coração apertado a dias... Pensei até ser esta reflexão que faço todos os anos quando maio chega... Idade nova faz com que pesemos o "feito" e o "deixado por fazer"... Desta vez não foi só isso...
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Quem me conhece sabe da minha transparência e quem lê este blog também... Mentir não é muito a minha cara... Eu nem me arrisco a tentar... Posso passar vergonha (riso amarelo aqui)...
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O aperto no meu peito tem nome, tem motivo e agora eu sei o que é: Família!
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Ontem descobri que minha mãe está doente e que, pra nos poupar (filhos), prefere guardar isso pra ela... Como se a gente fosse idiota e não percebesse que ela não está bem...
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É grave, vai precisar de cirurgia (e, em se tratando de uma diabética e hipertensa, isso é muito preocupante)...
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Cheguei num momento da vida que minhas respostas se calaram... Talvez até boa parte das perguntas também...
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Amanhã eu faço 30 anos... isso mesmo, 30 anos, e penso em quanta coisa passou e eu não vi, quantas vezes eu me vi no aperto, quantas vezes eu quis ser e não pude, quantas vezes eu fui o que nunca quis ser... Hoje, eu não sei nem o que fazer...
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Quem me conhece também sabe que eu tive muitas complicações no começo da adolescência e que, inclusive, também tive a doença que hoje minha mãe adquiriu... Eu senti tanto medo na época... eram tantos diagnósticos, tantos "opera / não opera", tantos hospitais, tantas opiniões, e eu sozinha pra assimilar tudo... "Amputar pernas" (as duas), "safenar", "tão nova pra ficar mutilada"... É, não foi fácil... E, seis horas me separaram do caos... "Se vocês chegassem seis horas mais tarde não dava mais pra tentar outro tratamento além da cirurgia"... E eu saí do hospital andando... Doía muito, muitoooooo mesmo, mas 14 dias depois´, eu saí andando... Foi a maior sensação de liberdade que já experimentei... Foi como sair do inferno e ir direto pro céu, sem escalas, sem obstáculos... E eu pude ver a vida de novo, do alto das minhas curtas mas PERFEITAS pernas...
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Agora me deparo com este momento de volta...A volta de tantos momentos já vencidos... *
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Não vou mentir, não consigo parar de chorar, de sentir, de lembrar, de sentir vontade de me encolher na cama, de sumir, de colocar minha cabeça no colo de alguém e ficar quietinha... Tá doendo na alma...
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Algumas vezes temos que tomar decisões difíceis... Algumas vezes precisamos de uma mão estendida... De um olhar amigo que seja... Precisamos apenas saber que não estamos sós...
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Hoje nem é dia pra este tipo de assunto... É um dia que, "teoricamente", homenageamos aquelas que nos trouxeram a vida... Mas como poderia passar indiferença se é a minha mãe que está doente? Como?
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Puxa, já não bastasse tanta coisa que está acontecendo em paralelo, tanta coisa acontecendo aqui na minha cabeça, no meu coração, na minha vida pessoal e profissional... Não bastasse tanta solidão e vazio, a vida tinha que me trazer dor e sofrimento? (Sei, a dor é obrigatória, o sofrimento opcional... Mas ainda estão misturados aqui... É tudo muito recente ainda...)
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Tomara Senhor que eu veja a cena se repetir... Ver minha guerreira mãe andando, como eu andei... Tomara eu seja tão forte como ela foi ao me ver doente...
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SENHOR, NÃO ME DESAMPARA.... ME AJUDA... TIRA O QUE QUISER DE MIM, MAS DEIXA MINHA MÃE SEGUIR SEU CAMINHO EM PAZ...
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Vou tentar fazer uma homenagem as mães... Mas estou muito sofrida hoje... Apenas sintam-se queridas, abraçadas e homenageadas... Deus sabe a quem confia seus "filhos"...
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Hoje, eu preciso dos abraços que nunca tive, mas deixo alguns mesmo assim...
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Abraços!
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(Fabrine... Desculpem a emoção, o "peso" das palavras... Meu coração tá apertado e eu não consigo disfarçar... Obrigada por lerem... Não precisam comentar... Eu não aguentaria ler... Se possível, orem por nós... Minha mãe chama Ivonete... Que Deus abençoe a todos... Abraços!)

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