terça-feira, 24 de março de 2009

Observações sobre mim...

Bom dia...

(Uma pausa, um copo d'água, um pedaço de chocolate amargo, uma canção nostálgica e a imensa vontade de desabafar... Componentes deste momento em mim...)

Nos últimos meses minha vida tem se mostrado totalmente inconstante, acelerada, desconexa... Diria que "insana"... (Mas quem deseja mesmo a "sanidade"?)

Decidi mudar toda minha constituição... Seja a parte física, seja a intelectual... TODA minha vida de pernas pro ar...

"Fechada para reformas"...

Não combinei nada com a existência apenas pedi ao "Altíssimo" que me orientasse e guiasse pelos caminhos que meus pés precisassem trilhar...

Eis então um primeiro balanço do que (já) aconteceu...

Consegui organizar e desacelerar o pensamento... Atingindo um estágio de lucidez até então nunca experimentado (este item eu devo a "amiga azul"... Carol, estou certa? kkk)... Passei a medir as consequências dos atos diários... Meus e de outros... Experimentei sentir o sentimento alheio na sua maior intensidade... De repente passei a ver a vida por muitos ângulos, muitas perspectivas, muitos tantos outros fatores... Enfim, passei a sentir a vida... Isso é espetacular... (Experimente)

Mas não basta sentir a vida, é preciso degustá-la.. Se embriagar dela... Mesmo sabendo que existe a "ressaca moral" (como me incutiu um dos melhores "néctares" que "quase" provei)...

Senti vontade de me permitir... De deixar as coisas acontecerem... Como se o medo deixasse de existir e a "sede de vida" fosse maior que qualquer outro sentimento...

Me perdi de encantos por um jovem... Tão jovem... Tão intenso... Que me permitiu exercitar um lado meu a tanto guardado nas gavetas da vida... Me vi nele... Com todo ímpeto, ousadia e dilemas... Ah, como eu quis mergulhar na sua juventude... É, como eu, ele se esquivou... Queria mesmo que ele me permitisse embeber da sua carne... Preservaria seu espírito... Carecia (E talvez ainda careça) da sua carne... (Não... Isso nunca aconteceu comigo... Nunca permiti... Juventude como esta... Não é a lei natural das coisas...)

Depois de tudo isso passei a me ver nos olhos deste jovem...

(Ah... Ele nunca saberá... Evitei seus olhos por que me via refletida neles... E sou intensa demais...)

Passei a observar mais o meu mundo, a sentir um pouco mais da minha essência... A me degustar... Tudo homeopaticamente... Sou quase um "Coquetel Molotov"... Não posso ser sentida assim de uma só vez... É preciso um pouco de preparação pra isso acontecer...

Observei o quanto de mim se perdeu pela vida... O quanto de partes novas se agregaram a mim... Assumi características que neguei por muito tempo... Tornei a escrever... A exercitar mais as qualidades, quiçá os defeitos, que me são peculiares...

Não, ainda não li Kafka... Nem Nietzsche... (Mas ainda lerei...)

Passei apenas a me ver com outros olhos... Os mesmos olhos que sempre usei para olhar os outros seres humanos...

Agora tudo ganhou um novo significado... Como se eu começasse a viver de verdade agora...

Sei, todos os caminhos, pedras, atalhos, curvas, sorrisos, soluços, contribuíram para que eu chegasse a este momento... São as "pequenas partes deste amontoado de mim" (tenho repetido muito esta frase... Talvez esteja entendendo de verdade de quantas partes se faz uma vida)... Tudo que vivi serviu de alicerce para esta nova construção...

Como muitos sabem tive suprimida a fase da "adolescência" e pulei da infância a fase adulta, o que me causou uma infinidade de traumas e confusões... Agora eu posso dizer que estou conseguindo amadurecer... Ter consciência de mim... Do que posso, do que NÃO quero (isso sim é liberdade), do tanto que ainda falta percorrer...

É como se, ao tropeçar num obstáculo, eu encontrasse a "razão", o "motivo" que me trouxe aqui (a este planeta... nesta encarnação)...

Pode parecer complexo... E é... rs...

Estou em fase de reconstrução de mim... Uma verdadeira M E T A M O R F O S E...

Cada pedaço de mim anseia ser descoberto... E o será...

Cada um a seu tempo... Cada um de uma vez... "Passinhos de bebê"...

Volto então a citar a frase do meu maior instigador de pensamentos: "Descobrir é tudo" (Mister Red)...

Por hora vou caminhando... Seguindo... Descobrindo... Me encantando...

O que vou descobrir? Ainda não sei, mas estou adorando o caminho que me conduz a esta "deliciosa descoberta"...

Abraço!

(Fabrine... Apenas conversando consigo mesma...)

Um comentário:

Ana Carolina disse...

Nossa, como um "azulzinho" faz diferença na vida!!! Hj digo que foi uma grande descoberta...rsrsr
Sabe, esse texto seu parece mais vc dentro da tela do computador em carne e osso!!! É bom se sentir assim, nos deixa a sensação de sermos meros seres humanos, envoltos e feitos de uma explosão de sentimentos... e vc é isso, uma borboleta se abrindo pra vida, se metarfosiando...rsrrs
Te admiro muito por isso!!
bjusss