Hoje eu estava, involuntariamente (juro), lembrando de "coisas" que não consigo esquecer...Coisas que eu vivi, coisas que viveram em mim... Coisas que ainda pulsam... Coisas que, mesmo "frias", insistem em me arrebatar (aff, quase "contato imediato do primiero grau" isso...kkkk)...
Lembrei do quanto quero ver "alguém" dormir aqui, do meu lado, só pelo prazer de velar seu sono...
Lembrei do beijo que ainda não recebi... Dos "abraços virtuais" que custam a tornarem-se reais... Lembrei de como a vida me sacodiu pra baixar minhas defesas... Lembrei de como tudo isso foi em vão...
Lembrei do primeiro beijo... Eu, ele e as árvores...
Lembrei de sonhos que nunca tive... De tudo que deixei pra trás... Do que nem cheguei a cultivar...
Engraçada esta minha capacidade de sentir saudade de coisas que só existiram em minha mente...
As vezes eu me pergunto: Será que sou louca? (Médica eu também acho que sou...kkk)
Me pego sentindo falta do sorriso, do sussuro na madrugada, de desamarar o "all star", de quando eu ainda pensava que ir junto pra montanha era mesmo possível...
"Mas a vida, a vida é mesmo uma caixinha de surpresas... E numa bela manhã de sol"...
Outras vezes eu sinto um tanto de raiva de mim por acreditar em tudo que me dizem... Por imaginar que quem diz que gosta é porque gosta mesmo... Que quem diz que te quer é porque realmente quer...
Ai, ai... Como toda alma clara eu acabo me deixando iludir... Acabo sonhando com contos e fadas... (E eu sonhei mesmo desta vez... Acho que por conta de eu dizer que só desceria minha armadura quando fosse especial...)
Depois de um tempo entregue ao "acaso", vivendo "o que tinha pra hoje", eu desejei mesmo que meu coração aportasse no de alguém...
Hoje eu me peguei imaginando em como seria passar meus dedos nos cabelos dele... como seria vê-lo adormecer... E ficar ali, velando seu sono...
É, só mais um sonho desperdiçado... Só mais um vão pulsar do coração...
E hoje eu lembrei do vento, das árvores, da praça... Lembrei...
No fundo eu gostaria de ter mais o que lembrar...
No fundo, tudo não passou de um suspiro da minha alma insana... Insone...
Só um delírio numa madrugada qualquer...
É, preciso mesmo esquecer tudo isso...
Preciso mesmo...
Esquecer...
(Fabrine... Que sonha sempre coisas impossíveis, que deseja sempre o que não pode ter, que sempre se ilude, se fere e tem que esquecer... Como disse o poeta: "Eu já me acostumei a esquecer"... Embora, desta vez, eu nem queira esquecer... Mas eu tenho querer??? Vida que segue menina... Vida que segue... Abraço!)
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