Quem vai leva consigo as lembranças mas a materia fica com quem fica...
E a vida passa a ser assim...
É a mesma casa, mesmas paredes, mesma cama, mesma mesa, mesmo box... Tudo o mesmo...
Você acorda e tem medo do dia pois ele sempre começava com o abraço quente e protetor daquele que foi embora... E quando olha no espelho sente falta da pressa, do ter que sair para o outro também refletir-se nele...
E você corre lentamente, com medo do resto do dia que acende as lembranças a cada passo...
Mas é hora de ir ao trabalho e você lembra da mão que segurava a tua no caminho, dos comentários, do papo descontraído... Do "vamos que dá tempo"... Ou não...
E você resiste...
Quando o relógio avisa às 11, e você pode ir pra casa, o medo volta e se instala... Era a hora do "almoçar juntos", "ver o noticiário juntos", deitar "juntos" um pouquinho pra descansar antes de voltar... E quando você abre a porta da sala só encontra o vazio...
O almoço, o noticiário e a cama estão lá mas você só enxerga o vazio... Você sente o vazio...
13:40... Hora de voltar ao trabalho... Você sente falta da mão, da companhia pelo caminho, do beijo de despedida, do tempo que você ficava olhando o outro seguir...
E você trabalha pra esquecer...
Noite... Etapa das mais difíceis...
Você compra pão pra um... Leite pra um... E segue o caminho com medo do abrir a porta...
Quando chega em casa tem medo de subir as escadas... De abrir a porta... De ligar a TV... De preparar o café... (O silêncio impera... É só você e o silêncio... E não importa o volume da TV pois é só você...)
Você não sabe se pede a Deus pra te fazer adormecer logo ou pra que não sinta sono mais nunca... Você tem medo do quarto... Medo de olhar a cama e ver que não há mais "juntos" ali...
E você rola no tapete, vê até horário político fingindo que não se importa... Mas no fim é só adiar...
E o banho? O box que era "pra dois" agora é oco...
Mas Deus segura sua mão e diz: Vem, eu estou contigo...
Banho, sono e cama...
Você reza pra o sono se abater sobre você e não sentir o frio... E se lembra da frase "vem que eu te aqueço"... E os ponteiros trabalham... E o sono não vem... E é a mesma programação na TV (Ah, Charlie)...
E você é vencido pelo cansaço e dorme... Só... Sente mais frio que antes... E dorme...
E o despertador avisa que é novo dia... E tudo recomeça... E você sente mais medo... E você sente mais vazio... Sente mais falta... Você sente tudo intensamente...
As lembranças ficaram impressas nas paredes e em todos os objetos da casa... No caminho... E você fica ali, no que antes era completo, sabendo que quem completava partiu... E o que resta é sentir tudo de novo... Tudo de novo...
Por isso eu digo: Quem vai que me desculpe mas pra quem fica é de matar!!!!
E que Deus esteja comigo sempre até isso tudo sarar...
Abraço!
E a vida passa a ser assim...
É a mesma casa, mesmas paredes, mesma cama, mesma mesa, mesmo box... Tudo o mesmo...
Você acorda e tem medo do dia pois ele sempre começava com o abraço quente e protetor daquele que foi embora... E quando olha no espelho sente falta da pressa, do ter que sair para o outro também refletir-se nele...
E você corre lentamente, com medo do resto do dia que acende as lembranças a cada passo...
Mas é hora de ir ao trabalho e você lembra da mão que segurava a tua no caminho, dos comentários, do papo descontraído... Do "vamos que dá tempo"... Ou não...
E você resiste...
Quando o relógio avisa às 11, e você pode ir pra casa, o medo volta e se instala... Era a hora do "almoçar juntos", "ver o noticiário juntos", deitar "juntos" um pouquinho pra descansar antes de voltar... E quando você abre a porta da sala só encontra o vazio...
O almoço, o noticiário e a cama estão lá mas você só enxerga o vazio... Você sente o vazio...
13:40... Hora de voltar ao trabalho... Você sente falta da mão, da companhia pelo caminho, do beijo de despedida, do tempo que você ficava olhando o outro seguir...
E você trabalha pra esquecer...
Noite... Etapa das mais difíceis...
Você compra pão pra um... Leite pra um... E segue o caminho com medo do abrir a porta...
Quando chega em casa tem medo de subir as escadas... De abrir a porta... De ligar a TV... De preparar o café... (O silêncio impera... É só você e o silêncio... E não importa o volume da TV pois é só você...)
Você não sabe se pede a Deus pra te fazer adormecer logo ou pra que não sinta sono mais nunca... Você tem medo do quarto... Medo de olhar a cama e ver que não há mais "juntos" ali...
E você rola no tapete, vê até horário político fingindo que não se importa... Mas no fim é só adiar...
E o banho? O box que era "pra dois" agora é oco...
Mas Deus segura sua mão e diz: Vem, eu estou contigo...
Banho, sono e cama...
Você reza pra o sono se abater sobre você e não sentir o frio... E se lembra da frase "vem que eu te aqueço"... E os ponteiros trabalham... E o sono não vem... E é a mesma programação na TV (Ah, Charlie)...
E você é vencido pelo cansaço e dorme... Só... Sente mais frio que antes... E dorme...
E o despertador avisa que é novo dia... E tudo recomeça... E você sente mais medo... E você sente mais vazio... Sente mais falta... Você sente tudo intensamente...
As lembranças ficaram impressas nas paredes e em todos os objetos da casa... No caminho... E você fica ali, no que antes era completo, sabendo que quem completava partiu... E o que resta é sentir tudo de novo... Tudo de novo...
Por isso eu digo: Quem vai que me desculpe mas pra quem fica é de matar!!!!
E que Deus esteja comigo sempre até isso tudo sarar...
Abraço!
Nenhum comentário:
Postar um comentário