Ontem eu fiz uma cirurgia na boca e quando comecei a cuspir "litros" de sangue (será que litros é exagero?) minha vida "rebobinou" (putz, rebobinar é antigo "Lopes"...kkkk) ante meus olhos...
Nada como um sustinho pra gente poder ficar "todo se tremendo"... (Não quero saber se tá errado, quem nunca ouviu isso e riu por favor corte os pulsos...)
Senti dor, carência, medo, frio, tudo junto, misturado e bagunçado... Afff, eu sempre maximizando as sensações... Cruzes... (Uma chicotada em mim por favor...)
Mas sabe o que foi mais marcante? Não? Ah, então não vou contar... kkkkk... Mentiraaaaaaaa, eu conto... (Engraçadinha ela hoje, humhum...)
Ontem eu fiquei em casa e meu pensamento resolveu "trabalhar"... Fiquei pensando em amizade, em relacionamento, em fim de relacionamento, em saudade de amigos e relacionamentos... Enfim, pensando nestas coisas aí... E cheguei a muitas conclusões "conclusivas"... Porque senão fica sem conclusividade... Rs... (Podre, podre, podre... Dane-se, você nem pode apagar o que eu escrevi... kkkkkk)
Primeiro vi que meu ciclo de amizades nesta cidade se deu muito no entorno da faculdade e que, com o fim do curso, meus amigos foram embora, voltaram para suas cidades, ou foram pra novas cidades, e que eu fiquei aqui, no mesmo lugar mas sem os mesmos amigos...
Eu sempre fui de "poucos amigos", desde criança (orgulho de mamãe por isso)... E quando vim pra esta cidade acabei fechando meu ciclo de amizades com aqueles que, como eu, também eram "forasteiros"... A diferença é que eu passei numa seleção na faculdade que estudei e acabei ficando por aqui... E os "amigos daqui" casaram, tiveram filhos, viraram chefes, ou sei lá mais o que e acabamos nos afastando... Não por querer mas pelas circustâncias... E eu, que terminei o curso apaixonada por "alguém daqui", acabei começando uma nova fase também me dedicando a este sentimento/alguém e dividindo meus momentos com ele (que acabou se tornando também meu melhor amigo)... Até que ele achou melhor "desapaixonar" e ir embora da minha vida e eu acabei sozinha... Sem um número de telefone disponível, sem uma companhia para ir ao show de Zeca Baleiro mais tarde, sem quem pudesse vir me ver e permitir que eu deitasse a cabeça em seu colo pra chorar ou só ficar ali pra eu cuspir sangue sem medo de morrer sozinha (E eu senti mesmo medo... Exagerada nada eu)...
E o que fazer quando você se descobre assim? Qualquer pessoa normal ligaria pra qualquer número da agenda e puxaria papo... Eu, sub-normal que sou, só fiquei ali chorando e "me tremendo"... Constatando que a solidão total, coisa que outrora almejei, não é mais meu "sonho de consumo"... Gostar de ficar só é uma coisa, mas ser obrigada a ficar só é totalmente diferente...
Alto lá... Não posso dizer que faria diferente, que queria voltar atrás pra consertar nada, apenas que a vida me deu mais uma lição... Que os amigos mudam (de lugar, espaço e condição), que eu mudo (mesmo que apanhe pra isso), que tudo muda e, como disse Belchior, "com toda razão"...
Ontem eu gritei a um amigo e ele veio me trazer seu ombro... E eu aprendi de novo com isso...
Aprendi primeiro que pedir ajuda é humano e que, mesmo eu me esforçando pra não reconhecer, eu sou humana e falha e frágil e doida e mais uma porção de milhares de coisas...
Aprendi depois que o orgulho desumaniza as pessoas e que eu estava me desumanizando... (Quem se desumaniza desumanizado será...kkkk)
Aprendi também que nem se morre assim tão fácil... Só porque tirei um "dentão" (porque aquilo não foi um dentinho de nada nem com a peste) não ia esvair o sangue do meu corpo a ponto de me matar... (ok, ok... Mas eu disse que doeu, que inchou, que ficou um buraco do tamanho de uma roda de caminhão na minha boca??? Disse??? Ah tá...)
E sabe o que eu observei mais? Você, menino W., é um dos melhores amigos que tive (e tenho)... Que seu ombro me acalma... Que a cumplicidade que estabelecemos foi além de nós e que acabamos sim "best friends"... Com você eu pude dividir tanta coisa doida que tinha na cabeça (e que nunca diria a ninguém... Você sabe que não... "Dos olhos além do bem"... Um exemplo das tantas coisas inúteis, OU NÃO, que já te disse...)
No fim, quando eu acordei hoje sem sangrar, sem doer e sem "me tremer", me veio uma vontade de admitir que estou mais humanizada... De me mostrar que sei ser assim...
Obrigada a quem veio, a quem eu nem tive coragem de gritar, a quem me ofereceu uma prece... Eu não saberia agradecer direito... (Eu não sei fazer quase nada direito, verdade seja dita...kkkk... Mas eu tento... Ô...)
Só me deu vontade de escrever isso... E eu escrevi, sem medo de não entender... Sem medo de rirem de mim... Quem nunca sentiu um pouco de tudo isso que atire a primeira nota de 25 reais por favor...
Abraços pessoas físicas, jurídicas, extra-sensoriais e etc...
Nada como um sustinho pra gente poder ficar "todo se tremendo"... (Não quero saber se tá errado, quem nunca ouviu isso e riu por favor corte os pulsos...)
Senti dor, carência, medo, frio, tudo junto, misturado e bagunçado... Afff, eu sempre maximizando as sensações... Cruzes... (Uma chicotada em mim por favor...)
Mas sabe o que foi mais marcante? Não? Ah, então não vou contar... kkkkk... Mentiraaaaaaaa, eu conto... (Engraçadinha ela hoje, humhum...)
Ontem eu fiquei em casa e meu pensamento resolveu "trabalhar"... Fiquei pensando em amizade, em relacionamento, em fim de relacionamento, em saudade de amigos e relacionamentos... Enfim, pensando nestas coisas aí... E cheguei a muitas conclusões "conclusivas"... Porque senão fica sem conclusividade... Rs... (Podre, podre, podre... Dane-se, você nem pode apagar o que eu escrevi... kkkkkk)
Primeiro vi que meu ciclo de amizades nesta cidade se deu muito no entorno da faculdade e que, com o fim do curso, meus amigos foram embora, voltaram para suas cidades, ou foram pra novas cidades, e que eu fiquei aqui, no mesmo lugar mas sem os mesmos amigos...
Eu sempre fui de "poucos amigos", desde criança (orgulho de mamãe por isso)... E quando vim pra esta cidade acabei fechando meu ciclo de amizades com aqueles que, como eu, também eram "forasteiros"... A diferença é que eu passei numa seleção na faculdade que estudei e acabei ficando por aqui... E os "amigos daqui" casaram, tiveram filhos, viraram chefes, ou sei lá mais o que e acabamos nos afastando... Não por querer mas pelas circustâncias... E eu, que terminei o curso apaixonada por "alguém daqui", acabei começando uma nova fase também me dedicando a este sentimento/alguém e dividindo meus momentos com ele (que acabou se tornando também meu melhor amigo)... Até que ele achou melhor "desapaixonar" e ir embora da minha vida e eu acabei sozinha... Sem um número de telefone disponível, sem uma companhia para ir ao show de Zeca Baleiro mais tarde, sem quem pudesse vir me ver e permitir que eu deitasse a cabeça em seu colo pra chorar ou só ficar ali pra eu cuspir sangue sem medo de morrer sozinha (E eu senti mesmo medo... Exagerada nada eu)...
E o que fazer quando você se descobre assim? Qualquer pessoa normal ligaria pra qualquer número da agenda e puxaria papo... Eu, sub-normal que sou, só fiquei ali chorando e "me tremendo"... Constatando que a solidão total, coisa que outrora almejei, não é mais meu "sonho de consumo"... Gostar de ficar só é uma coisa, mas ser obrigada a ficar só é totalmente diferente...
Alto lá... Não posso dizer que faria diferente, que queria voltar atrás pra consertar nada, apenas que a vida me deu mais uma lição... Que os amigos mudam (de lugar, espaço e condição), que eu mudo (mesmo que apanhe pra isso), que tudo muda e, como disse Belchior, "com toda razão"...
Ontem eu gritei a um amigo e ele veio me trazer seu ombro... E eu aprendi de novo com isso...
Aprendi primeiro que pedir ajuda é humano e que, mesmo eu me esforçando pra não reconhecer, eu sou humana e falha e frágil e doida e mais uma porção de milhares de coisas...
Aprendi depois que o orgulho desumaniza as pessoas e que eu estava me desumanizando... (Quem se desumaniza desumanizado será...kkkk)
Aprendi também que nem se morre assim tão fácil... Só porque tirei um "dentão" (porque aquilo não foi um dentinho de nada nem com a peste) não ia esvair o sangue do meu corpo a ponto de me matar... (ok, ok... Mas eu disse que doeu, que inchou, que ficou um buraco do tamanho de uma roda de caminhão na minha boca??? Disse??? Ah tá...)
E sabe o que eu observei mais? Você, menino W., é um dos melhores amigos que tive (e tenho)... Que seu ombro me acalma... Que a cumplicidade que estabelecemos foi além de nós e que acabamos sim "best friends"... Com você eu pude dividir tanta coisa doida que tinha na cabeça (e que nunca diria a ninguém... Você sabe que não... "Dos olhos além do bem"... Um exemplo das tantas coisas inúteis, OU NÃO, que já te disse...)
No fim, quando eu acordei hoje sem sangrar, sem doer e sem "me tremer", me veio uma vontade de admitir que estou mais humanizada... De me mostrar que sei ser assim...
Obrigada a quem veio, a quem eu nem tive coragem de gritar, a quem me ofereceu uma prece... Eu não saberia agradecer direito... (Eu não sei fazer quase nada direito, verdade seja dita...kkkk... Mas eu tento... Ô...)
Só me deu vontade de escrever isso... E eu escrevi, sem medo de não entender... Sem medo de rirem de mim... Quem nunca sentiu um pouco de tudo isso que atire a primeira nota de 25 reais por favor...
Abraços pessoas físicas, jurídicas, extra-sensoriais e etc...
(PS: Continuo sem companhia pra ir ao show do Zeca Baleiro... Em último caso vou comigo mesma, afinal, ao menos eu continuo comigo... Só não me pergunte o "por quê"... kkkkk)
2 comentários:
Dizem que o melhor da vida é a incerteza, a mudança, saber que o amanhã pode ser pior que hoje e mesmo assim não desanimar porque o depois de amanhã pode ser melhor,ou não, mas igualzinho com certeza não vai ser. Então não existe temo para se fechar, ficar no passado, temos sim, que aproveitar o que é bom, aprender com o que foi ruim e abrir as portas para novas sensações, novos amigos, novas felicidades.
Sim... Não xiste mesmo esse tempo...
Agradeço as palavras... sempre aprendo com o que escrevo, com o que leio, com o que sinto...
Minhas portas não estão abertas como deveriam mas certamente hoje me sinto menos vulnerável que antes e com anseios em mim que jamais pensei poder possuí-los.... Na verdade, talvez eu nem quisesse tê-los... Mas a vida sempre nos mostra que podemos mais, e mais, e mais...
Quem sabe um dia eu consiga ser o que nunca fui...
Abraço e obrigada!
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