quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Bem, eis-me aqui... (Os 30 primeiros dias da “obra”...)




Ano novo, coisas novas, atmosfera modificada, faxina na alma e na carne e os tempos se renovam...

Sim, não sei mais quem sou...

Venho de um tempo remoto, de dias idos e sofridos, de sorrisos e tristezas, de cicatrizes e belezas, tempo este que, além de não mais tornar, foi ingrediente fundamental para este meu “ser”, este meu “não saber”...

Quero crer que todo mundo seja assim: “casa” em constante “reconstrução”...

Venho desaprendendo muitas coisas... Me perdendo, achando, seguindo, deixando pra trás, escrevendo, apagando, virando páginas, rasgando capítulos... Vivendo... Ando vivendo...

Construí-me sobre enorme porção de areia e tudo aquilo que foi feito até aqui ruiu... Veio abaixo... Tornei-me “pó” (restos de mim) e água (lágrimas que brotaram em meio aos “escombros”), e descobri que é necessária a “reconstrução de mim” por meus próprios braços, por meu próprio projeto... Eis que se faz urgente ser a “engenheira de mim”...

Audaciosa, podem dizer os de “fora de mim”... Sonhadora, podem dizer os que me viram (e até contribuíram) ruir... Mas é em mim que urge a vontade, a necessidade, o ímpeto de descobrir quem sou... O que fui até aqui foi um amontoado de concessões, um tanto de “sim senhor”, um apanhado de submissão (fruto da culpa), um quinhão de “nunca desobedecer, sempre reverenciar”...

De repente o calendário muda e me pego “em branco”... Como se só me restasse um livro sem grafia, a “caneta do existir” e a responsabilidade de reconstruir um ser com os cacos que sobraram de mim...

O que aproveitar? Por onde começar? O que quero ser? Como me refazer sem esbarrar naquilo que me fez ruir? Como “fazer novo” algo que sequer soube ser velho?

Respostas? Quem disse que as tenho? Perguntas? Quem disse que importam? Não é “caminhando que se faz o caminho”?

Eis que o caminho se abre a minha frente... Eis que é chegada a hora de “ser”, de “refazer”, de “recriar”... Eis que é chegada a hora de VIVER...

Sem bússola, sem mapas, sem rumo, sem planos... Apenas de alma reforçada e clara... Com bases pautadas no Amor Maior, este mesmo que me trouxe em Suas mãos até aqui...

Qual a próxima parada? O próximo tijolo? Ainda não sei precisar mas a grande questão nem é essa... O amanhã não me pertence e só posso responder por este “agora” que se faz eminente... Por este dia que brilhou em minha janela... O resto são apenas suposições, ilusões e conjecturas... E cá pra nós, é obra nova... Melhor construir devagar... Dar atenção aos detalhes... O futuro? Deixemos por conta do “Mestre da Obra”... A mim cabe apenas um tijolo por vez, e por hora, só me resta COMEÇAR...

Abraços...

(Vamos nos encontrando por aqui... Quem sabe acompanhando “quadro a quadro” as mudanças, com a doce possibilidade de reler as coisas idas e fazer o tão famoso “antes e depois” desta obra maravilhosa que tem inicio aqui... O resto é cimento, areia e tinta... Vamos nessa? Beijos queridos... Feliz recomeço para vocês também...)

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