quinta-feira, 14 de março de 2013

Nas últimas noites...

Tenho seguido, involuntariamente, um ritual nas últimas noites... Abro a janela do quarto, deito na cama e me ponho a espiar a lua...

Ela me deixa nostálgica e me traz um tanto de pensamentos...

Tenho sentido saudade... Lembrando de um tempo em que existia um pouco além de mim naquele lugar...

E ontem, melhor dizendo, nesta madrugada, senti uma vontade imensa de voltar um pouco mais de 2 meses no tempo e resgatar um abraço que me faz tanta falta...

Me peguei ouvindo uma canção que trago aqui para eternizar o "vulto" que me veio junto com a lua...

Mais um dia que acaba
e a cidade parece dormir,
da janela vejo a luz que bate no chão
e penso em te possuir.
Noite após noite, há já muito tempo,
saio sem saber para onde vou,
chamo por ti, na sombra das ruas,
mas só a lua sabe quem eu sou.
Lua, lua,
eu quero ver o teu brilhar,
lua, lua, lua,
Eu quero ver o teu sorrir.


Leva-me contigo,
mostra-me onde estas,
é que o pior castigo
é viver assim, sem luz nem paz,
sozinho com o peso do caminho
que se fez para trás...
Lua, eu quero ver o teu brilhar,
no luar, no luar.


Homens de chapéu e cigarros compridos
vagueiam pelas ruas com olhares cheios de nada,
mulheres meio despidas encostadas à parede
fazem-me sinais que finjo não entender.
Loucas são as noites, que passo sem dormir,
loucas são as noites.
Os bares estão fechados já não há onde beber,
este silencio escuro não me deixa adormecer.
Loucas são as noites.



Não há saudade sem regresso, não há noites sem
madrugada,
Ouço ao longe as guitarras, nas quais vou partir,
na névoa construo a minha estrada.


Loucas são as noites, que passo sem dormir,
loucas são as noites.
Loucas são as noites, que passo sem dormir,
loucas são as noites..



(Me abraça... Se também sentes, me abraça...)

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