Passei toda uma vida acreditando
que um dia seria arrebatada deste vale de sombras, e que todos os passos
errados poderiam ser “arrumados”, colocados nos eixos... Como uma borracha
mágica que tivesse o poder de consertar tudo... Uma borracha mágica que pudesse
colocar tudo no seu devido lugar...
Os anos se passaram... Nada foi
apagado... Os sonhos continuaram apenas “estrelas distantes”... Nada se tornou realidade... Nada...
A criança que fui um dia pode até
se orgulhar da minha capacidade de me manter “de pé” diante de tantos
obstáculos, quiçá porradas, da vida, mas jamais aquela criança conseguiu ver
felicidade nesta “pseudo adulta” que vos escreve...
É como se, de alguma forma, ser
feliz não coubesse nos planos que a vida traçou pra mim...
A cada passo um punhal cravado,
como se “felicidade não fosse mesmo coisa deste mundo”... Não coisa do MEU
MUNDO...
Hoje eu precisei escrever pra não
pirar... Pra tentar cuspir tanta frustração que tem me tomado peito e mente...
Não vou escrever mais... Não
agora... Não sobre isso... A criança que um dia fui pode ficar horrorizada se
já souber ler e vir aqui tanta tristeza, tanto desalento...
Dorme em paz minha criança...
Dorme em PAZ...
(Deixemos que as lágrimas lavem o
que for lodo... O resto, deixa pra lá..)
(Fabrine, 10.10.2013... 23:54... Sei lá
porque... apenas deixando sair um pouco da angustia que me toma...)
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