terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Apenas soprando pensamentos...

Bem, e cá estou, novamente, a soprar meus pensamentos ao vento...

Estava eu passando tempo no Facebook e eis que me deparo com essa imagem... (como não pensar?)

A maternidade pra mim não foi um plano, uma escolha, um caso pensado, ela veio pra mim como um turbilhão, no momento mais improvável, no instante em que eu tinha, pela primeira vez, feito planos de cuidar de mim... 

Eu não podia, não devia, nem sei se queria mas... Deus é quem sabe de TODAS as coisas, e minha Bel apareceu...

Tantas dúvidas, tantas dores, tantas crises, tanto cuidado... Eu posso não ter feito o "plano" mas recebi a missão e abracei com todas as forças que eu tinha (e eu tinha poucas, muito poucas)...

Hoje, quando olho minha filha brincando, correndo (sim, ela já corre rsrs) pela casa, sorrindo, choramingando (fingindo choro, fazendo dengo... Ela é ótima nisso kkk), sendo apenas a criança linda que Deus permitiu que ela seja, eu vejo que sim, era exatamente o que eu precisava pra renascer...

É tanto amor que não cabe em palavras, gestos, nem na Bhaskara caberia...

Graças a esse Bom Deus eu estive presente em todos os momentos (primeiros dentes, primeira papa, primeira palavra, primeiros passos, primeiro aniversário)...

Ser mãe/pai é uma responsabilidade sem tamanho... Não existem ex-mães, ex-pais, e, INFELIZMENTE, nossas crianças ainda estão passíveis ao abandono, transvestido na fantasia do "não quero ver fulano nem pintado de ouro", quando os relacionamentos terminam, só que alguns se esquecem de olhar suas próprias histórias e repetem os erros daqueles que os abandonaram (por generosidade eu prefiro acreditar que exista algum componente genético que faça isso... Um ser humano "geneticamente normal" não se valeria de um argumento tão rasteiro para abandonar suas sementes)...

Quando vi essa imagem algo mexeu comigo... Eu nunca assisti o filme mas o título veio logo em minha cabeça... "Brilho eterno de uma mente sem lembranças"...

Quando o álbum de "lembranças" for aberto na cabeça dos nossos pequeninos quais lembranças existirão?

Tenho uma pequena e gigantesca mágoa da vida... Ver minha história (e sua também) repetida...

Talvez mãe saiba mais mesmo das coisas... Talvez... Saber passar por cima de suas próprias mágoas em nome da felicidade e bem estar de um filho... Talvez só mãe saiba mesmo...

Eu sempre estarei aqui minha pequenina... No seu presente e no seu futuro... Porque meu amor por você é maior do que qualquer mal que me bata na cara...

Filho é muito mais que uma conta pra pagar... Filho é um amor que não tem fim...

Mas a vida ensina... Não ensina?

Vida que segue...


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