quarta-feira, 27 de abril de 2016

Eis que chega a hora das despedidas...

Todo ano, mesma época, momentos de reflexão...

Poucos instantes antes do "marco" (palavra doce aos meus ouvidos... Uma saudade grande...) que nos impuseram de "contar primaveras" sempre me pego mais reflexiva, ainda mais introspectiva, com os olhares voltados para avaliação do que fui "nas estações passadas", analisando os ajustes necessários para a "próxima estação"...

É um período doloroso... Extremamente, exclusivamente, completamente meu...

Não é uma avaliação do mundo, é, apenas e tão somente, um período de comunhão comigo mesma...

Esse ano em particular está sendo um tanto mais complexa, criteriosa e determinista essa fase...

Me anulei completamente nos últimos 3 anos e "a máquina" começou apresentar defeitos graves...

O corpo no limite... O psicólogico? Além dos limites... O financeiro? Um cáos... Todo resto? Nem mais o resto...

"De repente" me vejo limitada, dolorida, estressada, esgotada, a beira de um problema grave de saúde...

O tempo é cruel... A anulação é impiedosa... Não consigo mais...

Chegou um momento em que é preciso deixar de ser o outro para ser você...

Pensei que aguentaria muito menos, depois passei a me crer invencível... A "conta" chegou... Ela sempre chega...

Não dou conta, não consigo mais, e nem é corpo mole... Esse é o limite... Ir além disso é perigoso... É se atirar nos braços da morte...

Não posso, não devo e não quero... Não é isso que Deus espera de mim...

No mês que vem chegando as coisas vão mudar...

Chegou a hora da ajuda profissional....

Do jeito que tá eu não vou muito longe...

A grana curta dificulta (a saúde pública é um tanto quanto... Todo mundo sabe já sabe desta parte...) mas eu preciso fazer alguma coisa por mim... Pela minha saúde física, mental e emocional...

Chega uma hora que o limite entre o esgotamento e a morte é muito tênue...

Chegou a hora de parar e olhar pra mim... Me juntar, aglomerar meus pedaços... Cuidar do meu "governador" (nunca conseguirei desvincular esse termo de uma doce saudade...)...

Sim, minha filha precisa de mim, mas precisa que eu esteja viva, saudável e lúcida...

Começo então as despedidas...

Que o "dia primeiro" seja o "primeiro dia"... O ínicio do meu resgate...

Que Deus tenha misericórdia, piedade e, acima de tudo, amor por mim neste recomeço...

O mundo é carrasco daqueles que se esquecem, se abandonam... Abdicam de sí mesmo...

Vi uma frase essa semana (na rede social mais "filosofal", a do "rosto e do livro") que me fez repensar muita coisa: "Jesus disse vá e ama o teu inimigo... Assim o fiz e me amei"...

Eu seguiria adiante na "filosofia" e diria: Aproveita e perdoa teu inimigo não 7 mas 70x7...

Agora é hora de acabar com os "pesos", de diminuir o ritmo, de cuidar da carcaça...

Hora de me cuidar, amar, perdoar e tomar impulso...

Que seja esse o marco que lembrarei lá na frente, junto com minha pequenina...

A mamãe vai renascer... Por você sim mas principalmente por ela mesma...

Por nós minha pequena pérola... Por nós...

Carpe diem... Tempus fugit...



(Que os anjos de luz me guiem e que Deus me tome pelas mãos...)

Nosce te ipsum

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