Engraçado isso...
Ando sentindo um tanto de saudades de ti...
Das madrugadas "caminhando pelos meios-fios"... De ter por testemunhas somente o "vinho", a lua, a música e o "silêncio" contemplativo...
De tua obra sob meus olhos, do êxtase que isso despertava em mim...
De "beber" tuas palavras, tua loucura e ficar ali, embriagada de ti...
(Será que me lês poeta? Queria muito que isso chegasse a teus olhos...)
Acho que, de tudo que vivi, de ti sinto mais falta...
Foi tudo tão breve e tão intenso... (Não imaginas o quanto minh'alma vibrava por ti... Ou talvez imaginasse mas sem crer ser verdade... E era...)
Eh... Tu bem sabes o quanto fostes avassalador em mim... (Não só em mim...)
Deves ser destes furacões que nunca passam "por passar" nas vidas alheias...
Volta e meia me pergunto o motivo de eu não ter tido coragem de te buscar... A admiração, o choque, o respeito era tão grande que nunca ousei... (Embora soubesse EXATAMENTE onde te encontrar... Não foi medo, foi algo que nunca soube explicar...)
Algumas pessoas já viveram em mim e se perderam... Tu, que estavas sempre "de passagem", permanece... Sinto teu lugar em mim...
Eu era mais menina... Me julguei mínima demais pra ti...
(Ahhh, queria muito que me lesses... Queria poder dizer-te...)
Sinto tua falta... Mas bem me avistes que sentiria...
Talvez nada signifique o que direi mas não imaginas a força que existe nessa afirmativa: É em ti que penso quando me perco...É em ti que penso quando a poesia me sussurra aos ouvidos...
Quantas vezes usei o "Mergulhar" que me enviastes pra "diminuir" o tempo que "finge parar de doer"?
É... Um breve que se eternizou...
Volta e meia me pergunto porquê não fui pra "casa com varanda" e deixei tuas telas espalhadas pela casa... (Não achei que eu merecia...)
Nas minhas mídias tem uma pasta com teus sons, nos meus guardados nossas taças quebradas... Memórias de um "nós" que nem chegou a se concretizar...
Parei pra viver um momento, buscando preencher meu vazio com algo que era só da carne... E mesmo quando eu estava "enlutada" e tu me disse logo ao me olhar "o que não te matar vai te tornar forte Menina"... Mesmo assim eu não achei que podia te merecer...
Sempre fostes grande pra mim... Sempre fostes grande em mim...
Estive sob o mesmo céu que outrora habitamos, passei pelas ruas em que estivemos e busquei teu semblante... Infelizmente não consegui encontrar senão as memórias dos dias que ali estivemos... Mas eu quis muito... Embora soubesse onde eu não descumpri minha promessa... Ti busquei nos acasos... Foi o que te prometi...
Guadalajara, "Vander Lee" (estivemos "juntos", embora separados, e meus olhos fugindo vergonhosamente dos teus, embora te buscassem por apelo da minha loucura) , grama, meio fio, "Sabiás"... (Sim, eu sempre soube onde e sempre respeitei a promessa")...
Queria que me salvasse de mim... (Pausa pra secar as lágrimas)
Recentemente senti algo que tu ilustrara pra mim certa feita... Saí "gritando" pelo mundo a minha dor e o "mundo" continuou sua trajetória, as pessoas continuaram tripudiando e os cacos eu mesma tive que colar...
Loucura minha dizer tudo isso... Sei que não lerás... Sei que não faz diferença... Mas eu precisava dizer... (Nem que fosse pra mim...)
Devias ter acreditado quando te ofereci meu mundo... Sabes que teria de mim o que quisesse, te dei provas disso e sem ressalvas... (Hoje meu mundo não tem cor... Não tenho mais impeto... Mas gostaria que aceitasse... Embora saiba que nada tenho mais de mim...)
Acho que meu mundo ficou lá, naquele último momento...
Melhor parar por aqui...
Quero apenas que saibas que quando busco o passado sois a memória (saudade) que me toma...
Quero apenas que saiba que "certas canções são eternas"...
Tim tim... Amééééééééémmmm!!!
(A canção que me traz você... A canção que te dei pra que sentisse junto comigo a poesia... A canção que acabou virando um emblema... A doce canção da saudade... Um "Marco"... )
Deixas em mim tanto de ti...
(Pedro Abrunhosa)
A noite não tem braços
Que te impeçam de partir
Nas sombras do meu quarto
Há mil sonhos por cumprir
Não sei quanto tempo fomos
Nem sei se te trago em mim
Sei do vento onde te invento, assim
Não sei se luz da manhã
Nem sei o que resta em nós
Sei das ruas que corremos sós
Porque tu
Deixas em mim
Tanto de ti
Matam-me os dias
As mãos vazias de ti
A estrada ainda longa
Cem quilômetros de chão
Quando a espera não tem fim
Há distâncias sem perdão
Não sei quanto tempo fomos
Nem sei o que trago em mim
Sei do vento onde te invento, assim
Não sei se luz da manhã
Nem sei o que resta em nós
Sei das ruas que corremos sós
Porque tu
Deixas em mim
Tanto de ti
Matam-me os dias
As mãos vazias de ti
Navegas escondida
Perdes nas mãos o meu corpo
Beijas-me um sopro de vida
Como um barco abraça o porto
Porque tu
Deixas em mim
Tanto de ti
Matam-me os dias
As mãos vazias de ti
Deixas em mim
Tanto de ti
Matam-me os dias
As mãos vazias de ti
Nenhum comentário:
Postar um comentário