quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Distante...


Ando distante da escrita nos últimos meses, como um obstáculo que se estabelece sem autorização... Ele simplesmente chega e “plum”, trava tudo... O famoso “branco”... Mas tive vontade de vir aqui pra contar como estou...

Estou meio envolvida com o “passado”... Meio deixando o “passado” voltar até mim... Explico...


Vivi um “grande, talvez único” amor e que nunca consegui apagar de mim... E, de repente, “ele” veio chegando, chegando, chegando e... Tcharammmm... Me tomando, tomando, tomando...


Estamos nos vendo, falando diariamente ao telefone, cuidando, perguntando, zelando um pelo outro, como se o abismo tivesse deixado de existir... Como se estes anos que nos afastaram fossem apenas uma pausa breve e que tudo tornou a ser como antes (apesar da geografia)...


Mas quem bem entende o universo feminino sabe que as pulgas vivem em nossas orelhas e milhares de questionamentos me invadem...

Devo? Posso? É-me permitido? É lícito? Eu quero? É o melhor a ser feito? Permitir não é mais ferir?


Ta, diga, “você é passional”... Sou mesmo... Rs.. Nunca neguei... Mas há muito deixei de ser boba (Quem lê este espaço viu o tombo que tomei ano passado... Aliás, “os tombos”... Foram 2... Uma “Estrela” e “um Colibri”... Tinha que aprender alguma coisa com isso, não acham? RS)...


Meu coração é genioso, o que ele quer ele busca, mas desta vez está sendo “buscado”... Tadinho...


Engraçado isso, ando tão madura que consigo domar até o que julgava indomável em mim... Encaro bem à distância, as faltas já nem me incomodam, aprendi o valor da frase “eu te conheço melhor que ninguém” (e conheço mesmo... kkkk), só não vou me permitir engolir o resto dos sapos... Tem coisa que não dá pra relevar...


O que quero vai além das possibilidades que o ser que amo julga possíveis... Quero um amor integral... Com todas as suas manias e defeitos... Com suas qualidades e desejos... Querer bem nós nos queremos, mas, às vezes, só o querer não é o bastante... Há que se oferecer sacrifício pelo que se ama... Lembrando o que disse Augusto Cury: “Escolha incute em perda, não em ganho”...


Meu querer é forte e seria capaz de muita coisa... A casa ta pronta, a vida se ajeitando, o amor reacendendo, os obstáculos caindo por terra, já não existe mais a inconsequência de nosso tempo de juventude, mas sim, a maturidade de jovens de 30 e 30 e poucos anos... Hoje os passos são pensados, os atos avaliados, o ciúmes aplacado, a compreensão é mais complacente, e o casal se destina mais atenção, respeito, a vontade mútua e sincera daqueles que se conheceram, se amaram, voltaram ao mundo e descobriram que apenas eles se complementam...


É, a vida é mesmo engraçada... Depois de uma porrada de anos longe, várias experiências vividas, descobrimos que “o tesouro estará onde nosso coração estiver” (como disse Paulo Coelho, em O Alquimista)... Precisamos viver o mundo, conhecer outros seres, dividir com eles nossos anseios para entendermos que o nosso amor é ainda chama viva, que é reticências, nunca tendo assumido a intensidade do ponto final...


Já são 13 anos de encontros e desencontros, de amor e de esperança, de longe e perto... Uma vida de sentimentos que anda nos rondando, como se afirmando que é possível recomeçar a caminhada rumo ao “final feliz”...


Não sei se deixo a vida seguir seu rumo ou corto esta situação pela raiz...


Acho melhor pensar um pouco mais...


Amar é preciso, concordo, mas ter cuidado é preciso ainda mais...

Depois eu conto as novidades...


Abraços!


(Nativa... VCA, 19/08/08... 01:57)

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