domingo, 4 de outubro de 2009

Poesias que falam por mim... Já que meu EU insiste em silenciar...




Inefável


Nada há que me domine e que me vença

Quando a minha alma mudamente acorda...

Ela rebenta em flor, ela transborda

Nos alvoroços da emoção imensa.


Sou como um Réu de celestial sentença,

Condenado do Amor, que se recorda

Do Amor e sempre no Silêncio borda

De estrelas todo o céu em que erra e pensa.


Claros, meus olhos tornam-se mais claros

E tudo vejo dos encantos raros

E de outras mais serenas madrugadas!


Todas as vozes que procuro e chamo

Ouço-as dentro de mim porque eu as amo

Na minha alma volteando arrebatadas...


Cruz e Souza

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