terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sobre mim, sobre o que pensam de mim, sobre o que falam de mim...



Não, eu não enlouqueci, eu não me apaixonei, nem saí por aí me jogando ao Deus dará...

Engraçado como as pessoas insistem em distorcer tudo que dizemos... Tentando diminuir aquilo que somos...

Às vezes sinto que as pessoas acham que somos “geração espontânea”... Como se não soubéssemos nada de nada, que todos fossem mais inteligentes que nós, que não aguentássemos viver sozinhos, que necessitássemos o tempo todo de alguém pra nos amar, pra nos “pegar”, nos entregando a qualquer paixão pelo simples fato de estarmos sozinhos ou machucados... Já dizia Zeca Pagodinho: “Alto lá! Guarde sua língua na boca”...

Ao contrário de muita gente eu me construí em cima de analises profundas das coisas, em cima de bases sólidas de observação, discussão e FATOS (em maiúsculo sim)... Não cheguei aqui “baseada no mundo do Patati e Patatá”... Fala sério né...

Ao contrário de muita gente eu não preciso sair por aí prostituindo minhas concepções nem deitando na cama de qualquer um pra saciar desejos doentios de sair “comendo o mundo” (aqui leia-se com duplo, quiçá triplo, sentido)... Eu me respeito, antes e acima de tudo... Não preciso sair por aí “ficando com todo mundo” pra suprir carências ou mediocridades emocionais...

Engraçado isso, diria mais, patético isso... Acabam me julgando sem olharem para os próprios rabos...

Eu sei viver sozinha... Sim, eu sei...

Se me machuquei, feri, se me lasquei foi por meu querer, mas isso não significa que só por isso eu vou ter que me dar a todos que me oferecerem palavras amigos... Isso só prova que a mente suja aqui não é a minha...

Se as pessoas entendessem DE UMA VEZ POR TODAS que esse espaço é meu, que eu escrevo sobre mim e não sobre os outros, que não pedi a ninguém pra me “seguir” e que SIM, eu sei separar carinho, cuidado e afeição (amizade) de sacanagem, luxúria e afins... E que no fim nem é da conta de ninguém o que eu escrevo aqui... SE ENTENDESSEM ISSO E NÃO TOMASSEM SUAS VERDADES COMO ABSOLUTAS, certamente não apontariam nos outros os erros que são de sua própria personalidade...

Sabe, no fim eu tenho que agradecer a vida por ter me destruído as paredes... Eu realmente não conhecia o solo que queria fazer morada...

Só gostaria de pedir que me deixem seguir meu caminho em paz... Quem não acrescenta não me faz mais falta...

Eu bem tentei ser delicada, me furtando do embate pra não machucar ninguém, mas...

Uma coisa eu sei, não adianta plantar milho e querer colher maçã... Quem semeia vento sempre vai colher tempestade...

Ah, e só pra constar: eu não bebo vinho, eu não me dou pra todo mundo, e a poesia dos meus dias, hoje, está completamente ilustrada na canção “Alucinação” do Belchior: “Minha alucinação é suportar o dia-a-dia e o meu delírio é experiência por coisas reais”...

No mais só me resta lamentar a falta de censo crítico das pessoas que me atiram pedras...

Que Deus tenha sempre misericórdia de nós...


(Novamente ia fechar meu blog a leitura pública, todavia, após reflexão aprofundada, resolvi não fazê-lo... Se eu estou crescendo com as dores que expurgo, quem sabe os que escarneiam meus “curativos” expostos não se curem também? É aquela história: só leia se for forte o suficiente pra entender que “os cães ladram, mas a caravana passa”... Vida que segue...)

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