segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A pedidos...

Já que pediram, eis o texto que falei...

"Sabia que algumas pessoas ansiosas geralmente não puxam assunto porque acham que estão incomodando? 

Sabia que algumas pessoas ansiosas interpretam erroneamente frases, atitudes, olhares e acham que foram, negativamente pra ela?

Sabia que pessoas ansiosas acham que a pessoa no fundo não gosta dela
porque uma vez olhou assim ou comentou isso, que foi pra dar uma indireta sobre algo que aconteceu a mil anos atrás?

Sabia que pessoas ansiosas se culpam o resto da vida por algo minúsculo que aconteceu?

Sabia que pessoas ansiosas se preocupam muuuito com coisas muuuito pequenas a ponto de não conseguirem relaxar e dormir?

Sabia que pessoas ansiosas têm dificuldade de ouvir não e por isso não pedem nada para ninguém ou evitam?

Sabia que pessoas ansiosas têm dificuldades em falar não, justamente porque o não dói para elas e elas não querem que doa para outras pessoas também?

Sabia que eu tenho ansiedade?"

E eu acrescentaria: Sabia que ansiedade é uma doença e não um charminho, um desvio de conduta ou mania? 
 
Respeitem as limitações alheias e PRINCIPALMENTE as suas próprias limitações.

 

domingo, 21 de agosto de 2016

Um dia destes... Um filme aí... Uma reflexão...

Tava eu num fim de noite, bebê dormindo, zapeando a TV e encontro, pela milésima vez em andamento, o filme "Comer, rezar e amar" (nunca consegui assistir do começo ao fim, embora já tenha assistido o fim, depois o meio, depois o começo... Coisas da Sky...). Assisti, (já tava em mais da metade) e fiquei pensando...

Queria muito ter essa oportunidade de ir para um lugar distante e meditar... Tentar me perdoar pelos erros cometidos...

Ai, ai...

Sempre tive essa vontade... Quando alguém me pergunta: "Qual a viagem que você sonha em fazer?" A resposta primeira é "O caminho de Santiago de Compostela"... Eu, meu corpo, minha alma, meus pensamentos e a amplidão... 

Sinto muita vontade de silenciar meu interior...

Outro dia uma amiga compartilhou um texto onde mostrava os sintomas do transtorno da ansiedade, do qual ela é portadora, e me identifiquei imediatamente... 

Minha mente é um oceano em tempestade... Ela nunca silencia, ela nunca se acalma... 

Bem, mas nem foi por isso que resolvi escrever...

Pensei, ao ver o filme, que o Universo sempre quis me mostrar alguma coisa com ele, ou com a história que ele conta... Eu mesma comprei este livro há uns anos atrás... Nunca li, mas tenho... Há uns 2 anos eu ganhei um exemplar de uma colega (ou seja, fiquei com dois) e volta e meia quando fico zapeando os canais olha ele lá... Acho que eu preciso prestar mais atenção aos "sinais" (me contive agora pra não cantar um sertanejo rs)...

Hoje eu assisti do meio pro fim e chorei novamente com aquele pai que se emociona tanto quando seu filho vai embora das férias... Pensei: Queria que alguém amasse minha filha com esse sentimento, com essa emoção...

E quando Ketut diz: é preciso perder o medo de amar por já ter sofrido por amor... Parece que ele estava lendo a minha mão...

Algumas pessoas, por não saberem amar, acabam destruindo a pureza do amor dos outros... Fazendo endurecer os corações mais sensíveis...

Quem bem soubesse pisava com muito cuidado na vida de outra pessoa... Do amigo, do filho, da namorada, da esposa, da mãe... É tão raro alguém que saiba amar... Que saiba passar sem ferir a vida de outro alguém...

Acho que pensei nisso porque uma amiga distante hoje disse que eu preciso ter alguém e quando vi o filme eu me vi na pessoa da Lis berrando a plenos pulmões: "Eu não preciso amar ninguém pra provar que eu me amo"... (Acho que isso a vida me ensinou... Não vale a pena abrir seu mundo pra "qualquer um" em nome de "não estar só"...)

Se meu coração tivesse que voltar a ser habitado eu queria alguém como o Felipe, que se importasse, que fizesse valer o risco...

Outro dia vi um destes memes no "livro de rosto" que dizia: Senti uma dor forte no peito, tomara que seja infarto... Já pensou se for amor?...

Não, eu não estou aberta a "receber" ninguém no meu mundo de sentimentos...

Meu amor, meu sentir e meu pulsar hoje são pra uma menininha linda que nasceu "outro dia" e que hoje já está aprendendo a "letrinha a"... "Mamãe, é a de abelha"... Ai, ai...

Não troco mais minha paz por promessas vãs, por sentimentos voláteis... Até porquê "é melhor ser alegre que ser triste", rs...

Ai, ai... Eu minha eterna desconectividade, minha falta de conexão, de lógica, de nexo...

E daí... Vou preferir apenas comer e rezar... Amar é pra gente que sabe fingir e eu, ahhh eu, não sei mesmo... rs

Mas ainda acho que devo ler o livro, antes que ganhe mais um, dois, três...

(Quando eu não entendo os "sinais" eu jogo de volta pro Universo... Vai que ele me devolve já decifradinho... Não custa tentar... Rsrs...)

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

...


E, ainda hoje, a poesia é triste...

E o poeta que me resta dá-me a "Lua" por consolo...


Deixas em mim tanto de ti
(Pedro Abrunhosa)


A noite não tem braços

Que te impeçam de partir

Nas sombras do meu quarto

Há mil sonhos por cumprir


Não sei quanto tempo fomos

Nem sei se te trago em mim

Sei do vento onde te invento, assim


Não sei se luz da manhã

Nem sei o que resta em nós

Sei das ruas que corremos sós


Porque tu

Deixas em mim

Tanto de ti

Matam-me os dias

As mãos vazias de ti


A estrada ainda longa

Cem quilômetros de chão

Quando a espera não tem fim

Há distâncias sem perdão


Não sei quanto tempo fomos

Nem sei o que trago em mim

Sei do vento onde te invento, assim


Não sei se luz da manhã

Nem sei o que resta em nós

Sei das ruas que corremos sós


Porque tu

Deixas em mim

Tanto de ti

Matam-me os dias

As mãos vazias de ti


Navegas escondida

Perdes nas mãos o meu corpo

Beijas-me um sopro de vida

Como um barco abraça o porto


Porque tu

Deixas em mim

Tanto de ti

Matam-me os dias

As mãos vazias de ti


Deixas em mim

Tanto de ti

Matam-me os dias

As mãos vazias de ti

Quantas saudades um peito é capaz de carregar?

Saudade?

...Da Bahia, do sotaque, do frio, do calor, dos amigos, dos amores, da comida, da "voz", dos cheiros, da pele, das palavras, de tu, dele, de mim...

De quantas peças "quebradas" é formado um coração dissonante?

Quantas ausências suporta uma presença?

E o eco que se faz na mente, da insanidade gritante daquela que é só "memória"?

Roubo aqui a frase do poeta Djavan... "Ah, quanto querer cabe em meu coração?"

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Que seja eterno...


Meu coração...Minha alma... Minha prece...


Essa sempre será a minha "prece"...

(Triste hoje... Muito triste...)

E lá se foi um pedaço de mim...

Mais cedo uma amiga me manda uma mensagem... "Vander Lee morreu Fá"...

Não... Não coube em mim o susto, a agonia, a dor... Fiquei torta... Troncha... Perdida...

Ninguém pode mensurar a importância desse "menino" em minha vida... NINGUÉM!

Eu sentia como se fossemos "camaradinhas", tipo aquela pessoa que vem na sua casa pra tomar um café...

Conheci o trabalho de Vander Lee na época da faculdade... E de lá pra cá ele fez parte de tudo em minha vida...

Ele me consolou, me deu força, me fez rir, e no dia que ele me abraçou (na vida real) parecia que era um amigo que vinha de longe...

Não esquecerei jamais daquele sorriso e de sua mineirice...

Nós, os de alma sensíveis, somos frágeis em nossa "sentimentalidade"...

Ele sabia disso... Ele cantava isso... Ele descrevia minhas sensações como ninguém jamais fizera...

Eu amei ao som de Vander Lee, chorei ao som de Vander Lee, caí e me ergui ao som de Vander Lee... E agora o que serei sem você menino?

(Deixem que eu exagere minha dor pra que ela saia de mim...)

"Deixe eu chorar até cansar, me leve pra qualquer lugar aonde Deus possa me ouvir"...

Quando eu o vi pela primeira vez, ele olhou nos meus olhos e sorriu... Quando percebeu que eu estava envergonhada enquanto todos gritavam, apertavam e tiravam fotos, ele veio até a mim, me pegou pela mão, me deu um abraço e tirou a foto comigo... Numa gentileza que só os de almas claras sabem ter... Nunca esqueci aquele momento...  Dalí pra frente ele era um "amigo"... O meu amigo Vander Lee...

Ele deve ter feito isso com muita gente, e muita gente deve ter se sentido como eu...

Hoje eu morri um pouco... Hoje a poesia é triste... O poeta está morto...

(Pausa pra escutar e chorar...)

Nossa, que dor...

Quantas vezes eu sentei no chão e chorei, cantando "Alma nua" pra que Deus olhasse por mim?

Quantas vezes eu chorei...

Nunca foi como agora...

Nunca o choro doeu tanto...

Nem eu achava que seria assim...

Perdi meu poeta pra morte...

Perdi "meu amigo", "meu camaradinha", aquele que me disse ao mundo sem que o mundo soubesse que eu era assim...

Ah, nós de almas sensíveis...

Sei que tudo tem seu tempo e que Deus sabe mais do que eu mas... Não devia ser assim...

Acho que Vander Lee sempre foi meu protótipo de amor...

Eu sonhava encontrar alguém assim pra mim... Eu sonhava que o grande amor fosse assim... Eu sonhava ser Vander Lee...

Eu gravava cds e distribuía pros amigos pra que todos conhecessem o trabalho dele, pra que todo mundo tivesse o mesmo privilégio que eu, de se deixar envolver pela poesia dele...

Muita gente pode achar que eu só tenho tristeza pra citar, mas eu adorava a genialidade que ele tinha de colocar o humor brejeiro nas coisas... Se colocando em "liquidação", "balançando no balaio" ou "subindo a ladeira" no seu "carro sambado"...

Ele era simples e essa simplicidade o tornava genial...

(Pausa pra escutar "Esperando aviões"... E chorar...)

Agora nós somos as "pistas vazias"...

Nada será como antes...

Me perdoem os que conseguem sorrir no dia de hoje... Eu não consigo...

Só me resta pedir a Deus que o receba, que coloque seus anjos pra consolar sua família e que permita que esse menino esteja entre nós pra sempre... Com sua poesia eternizada, com sua música ecoando e sua mineirice gravada em nossos corações...

Vá em paz menino Vander Lee...

Sei que "lá" é melhor do que "aqui" e que Deus te recrutou pra "poetisar" as nuvens de algodão...

Me despeço de ti com um nó na garganta, muitas lágrimas nos olhos e a certeza de que permanecerás em mim...

Vai menino... Vire estrela e brilhe no Céu...



Aquela Estrela

Vander Lee


Aquele jeito que você me olhou

Varreu meu pensamento

Todas as coisas saíram do chão

Eu me esqueci de tudo

Antes que eu me desse conta

Já era seu meu querer


Foi como o sol que desponta

Numa montanha dourada

Na terra do faz de conta

Pra me banhar de prazer


Mas o vazio que você deixou

No meu apartamento

Quase transbordou meu coração

Meu mundo ficou mudo

Você foi pra tão distante

E eu quero tanto te ver


Por isso não se espante

Se numa noite bela

Aquela estrela brilhante

Em sua janela bater


Por isso não se espante

Se numa noite bela

Aquela estrela brilhante

Em sua janela bater


Mas o vazio que você deixou

No meu apartamento

Quase transbordou meu coração

Meu mundo ficou mudo

Você foi pra tão distante

E eu quero tanto te ver


Por isso não se espante

Se numa noite bela

Aquela estrela brilhante

Em sua janela bater


Por isso não se espante

Se numa noite bela

Aquela estrela brilhante

Em sua janela bater



Composição: Vander Lee

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O que eu escreveria se quisesse escrever?

Senti vontade de escrever...

Sentei, liguei o PC, coloquei música e segui o ritual: Primeiro procurar a foto, depois deixar as idéias fluírem, escrever, ler, corrigir, postar...

Não consegui achar uma foto (ou achei?), as idéias não fluíram (mesmo com o Flávio Venturini tentando ajudar), não escrevi, não li, não corrigi, nem postei...

Tudo está solto demais...

Peguei um caderno, uma caneta preta (quem sabe o problema não fosse a "tecnologia")... Nada!

Pensei nas contas atrasadas, na bola de neve que elas vem se tornando, na lancheira da bebê, no primeiro dia na escolinha depois das férias, na crise alérgica, no remédio dela que acabou, no sono acumulado, na correria de amanhã, em onde vou colocá-la pra poder pintar a casa com tinta anti mofo, em como meu pé está doendo, em quantas vezes eu morri nos últimos 3 anos... No saldo negativo do banco, na falta de luz no fim do túnel (Túnel? Que túnel?)...

Pensei no frio, nos edredons pra lavar, no remédio de alergia que acabou (Sim, eu penso nisso de 5 em 5 minutos... Experimente ter um filho pequeno com alergia e numa casa com mofo... Viu? Po**a, o remédio acabou!)...

Um dia alguém me disse: eu olho pra você e vejo a realidade te engolindo...

Existe muito pouco de mim hoje em dia... Fui engolida por essa tal "vida real"...

Pensei que eu devia ter lavado o cabelo, mas lembrei que era tarde e que se eu dormir de cabelo molhado fico gripada, e se eu ficar doente quem cuida da alergia se nem remédio tem?

Pensei: Que tanta confusão, cansaço e chatice é essa? Vida real "meu rei"...

Daí você prende o choro (garotas grandes não choram), tenta abstrair, até finge demência, mas a vida não muda...

De onde virá o milagre? O cometa Harley (escrevo do jeito que eu quiser, o cometa é meu e vá tomar no seu... cometa...)? O balsamo, o oásis, o cantar dos sabiás?

Quá!

Depois disso tudo eu pensei: que merda toda é essa?

É de sua conta?

Só escrevi porque não sabia sobre o que escrever...

Mas o remédio de alergia, esse, acabou de verdade...

A noite promete ser de espirros, tosse, choramingos e afins...

Tudo por causa de um filho da "p***" de um remédio que cismou de acabar...

Sei lá pra quê escrever isso... Enquanto o blogspot deixar eu escrevo, mesmo não sabendo "o que eu escreveria se quisesse escrever"...