quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Um...



UM, DOIS, TRÊS...

NÚMEROS, CÓDIGOS, NEM SEI...


UM...

O CORPO VIBRA...


DOIS...

A ALMA GRITA...


TRÊS...

SE A RAZÃO PASSOU POR AQUI?

NEM SEI.


NADA ME COMPLETA...

NADA ME DESCOMPLEXA...

NADA É TUDO QUE RESTA...


NADA...

NADA...

NADA...


NATIVA, 09.10.09... SEI LÁ, NEM SEI PQ...

Não ter emoções...


Já ouvi falar de toda sorte de complexos, de todas as faces dos sentimentos, de sensações, mas está é a primeira vez que me deparo com o “complexo de insensibilidade”...

De repente nenhuma emoção, nenhuma lágrima, um arrepio, um calafrio, nada...

Apenas passando pela vida...


(Fabrine/Nativa... 05.09.09... Sem emoção pra concluir...)


Dia das bruxas...


Hoje eu vi que se alguém quer alguma coisa de fato, vai atrás...

É talvez eu deva aprender um pouco sobre o “relaxa e deixe acontecer”...

Desistir de buscar uma coisa não significa, necessariamente, que deixamos de querer...

(A confusão dentro de mim é tão grande que ando desistindo de tudo... rsrs)

Ensinei-me a ser educada, gentil, atenciosa, prestativa e carinhosa com as pessoas, mas talvez isso seja demais para as pessoas... Talvez elas não estejam acostumadas com gente assim...

Não gosto de coisas deixadas no ar, coisas sem explicações, de deixar as pessoas esperando, de faltar a um compromisso, e de tantas outras coisas mais...

Sabe, acho que me justifico demais, que me envergonho demais quando falho, que peço desculpas demais...

É, hoje foi um dia de descobertas...

Ver alguém que você estima ignorar você por estar parecendo a “Ogrinha do Sherek” é meio surreal...

(Eu e minha mania de simplicidade...)

Na verdade, eu queria mesmo era esquecer o dia de hoje e fingir que não viajei porque não tava afim, que ninguém me fez prometer ir a uma festa, perder o feriadão super prolongado, e depois simplesmente “desistir” e me deixar plantada como um abacaxi na frente deste computador... (E olha que gastei a grana da viagem arrumando unha, cabelo e plá... Ai que raivinha... “Raivinha” porque eu esqueço rápido também...rs)

Tenho que aprender a confiar só nos “sacos de cimento”, ou seja, no “concreto”... kkkkkk....

Deixa pra lá né? Já passei mesmo, já mofei mesmo, gastei o dinheiro mesmo, fui ignorada mesmo, já me senti a “Ogrinha do Sherek” mesmo... Algo vai mudar? Nãoooo... Então melhor não “dramar” mais nada...

Amanhã como bolo de chocolate, lavo uma roupa, vejo um filme e tudo passa... (Como tudo na vida... Passa, passa, paaaasssaaaa... rsrsrs)

Vou ali comer um brigadeiro e esquecer...

Abraço!

(Fabrine... 31.10.09... “Dia das bruxas”... Depois de um GRANDE “desencontro”... Até o carregador do celular achou de quebrar... Cada um tem o que merece... Buááááá... Kkkkkkk...)

Momento de apatia absoluta...

Ouvi uma frase na TV que dizia: “A viola só gosta do violeiro apaixonado e não correspondido, assim ele se debruça sobre ela e daí nasce as mais belas composições”... Acho que a “pena” também sente isso em relação aos poetas...

Um poeta sem paixão é como um céu sem estrelas... Não chama atenção, apesar de estar onde sempre esteve... Não brilha, não vibra, não traduz... É só um manto de escuridão...

Ah... A ausência da paixão é uma “meio morte” para os poetas...

Nada tem gosto, nada tem cor...

Tudo é nada quando falta paixão correndo nas veias do poeta...

O coração bate, mas não suspira...

Ele até respira, mas não delira...

Não, não, não...

Não há vida sem paixão prós poetas...

Acordar, respirar, dormir...

Nenhuma rima, uma emoção, nada que lhe tire dos “trilhos da normalidade”...

E ele se torna vazio, oco, opaco, sem brilho... Cai na vida real...

Dá pra imaginar um poeta real?

Dá pra imaginar um poeta normal?

Mulheres e crianças primeiro...

Eis que o navio do poeta foi a pique...

Isolem-no, internem-no, dopem-no...

Não há vida que perdure no coração do poeta sem paixão...

E como nada rima, nada vinga quando assim estão os poetas, eis aqui um atestado de óbito deste coração poeta que vaga pelo mundo sem paixão...

(Fabrine, 06.09.09... Num domingo “daqueles”...)

Escrever...

Meu passatempo? Meu “ganha tempo”? Meu “perder tempo”?

Tantas vezes eu quis entender os motivos do meu “escrever”... Podia ser o canto, a pintura, o verbo, a velocidade, mas é “a escrita”... Como explicar?

Nunca, quando criança, sonhei escrever sentimentalidades... Até gravitar no “além terra” eu sonhei... Ah, astronauta... Escritora? Não, eu não sonhava... Hoje, depois de virar “gente grande”, eis o meu grande, quiçá último, sonho...

Sempre fui boa leitora, sempre viajei no mundo das letras, mas não pensava me deixar guiar por elas...

É... Incrível mesmo é se deixar levar pelos sonhos nunca dantes navegados...

Poesia, crônica, verso, prosa... Qual caminho é o meu de fato?

Prefiro seguir bailando na melodia dos sonhos... Nos que nunca sonhei, nos que nunca senti... Navegando num mundo que nunca senti...

Perco-me nos versos, navego nos sonhos, me envolvo no porvir...

Guia-me escrita... Guia-me...

(Fabrine, 14/09/09... Noite... Apenas “escrevendo”...)

Com tuas mãos...

Envolve-me...

Abraça-me...

Protege-me...

Toma-me...

Faz-me tua...

Aquece-me...

Guia-me...

Perde-te em mim...

Desvenda-me...

Percorre-me...

Faz-se meu...

Em tuas mãos...

Estou...

Estás...

Estamos...

Guia-nos...

Guia-nos...

(Fabrine... 14/09/09... Noite... Apenas noite...)

Antes que eu adormeça...


Que esse pranto cesse...

Que essa agonia arrefece...

Que toda culpa (leia-se dor) se disperse...

(FTS – VCA – 23.03.09)