quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Momento de apatia absoluta...

Ouvi uma frase na TV que dizia: “A viola só gosta do violeiro apaixonado e não correspondido, assim ele se debruça sobre ela e daí nasce as mais belas composições”... Acho que a “pena” também sente isso em relação aos poetas...

Um poeta sem paixão é como um céu sem estrelas... Não chama atenção, apesar de estar onde sempre esteve... Não brilha, não vibra, não traduz... É só um manto de escuridão...

Ah... A ausência da paixão é uma “meio morte” para os poetas...

Nada tem gosto, nada tem cor...

Tudo é nada quando falta paixão correndo nas veias do poeta...

O coração bate, mas não suspira...

Ele até respira, mas não delira...

Não, não, não...

Não há vida sem paixão prós poetas...

Acordar, respirar, dormir...

Nenhuma rima, uma emoção, nada que lhe tire dos “trilhos da normalidade”...

E ele se torna vazio, oco, opaco, sem brilho... Cai na vida real...

Dá pra imaginar um poeta real?

Dá pra imaginar um poeta normal?

Mulheres e crianças primeiro...

Eis que o navio do poeta foi a pique...

Isolem-no, internem-no, dopem-no...

Não há vida que perdure no coração do poeta sem paixão...

E como nada rima, nada vinga quando assim estão os poetas, eis aqui um atestado de óbito deste coração poeta que vaga pelo mundo sem paixão...

(Fabrine, 06.09.09... Num domingo “daqueles”...)

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