(Versão sem edição)
Tive um dia cheio hoje, aulas o dia inteiro, reuniões, problemas pra resolver no trabalho, chuva (e eu de moto), comprar almoço, levar filha na escola, buscar filha na escola... Meus pés estão em frangalhos...
Cheguei em casa e pensei "vou ver um filme pra relaxar"... Que escolha insensata...
Vi que o filme baseado no livro de Piangers tinha entrado no catálogo da Prime vídeo, O papai é pop, e resolvi assistir .. Pra quê Fabrine??? Pra quê? Pra quêêêê???
Chorei tanto, tanto, tanto... Mexeu muitoooooo comigo... Abriu minha caixa preta e saltou meio mundo de emoções que eu pensava que já tinha apagado da memória...
Praaaa quêêêêê???
Poxa Piangers, poxa Lazinho... Poxa Paola... Sacanagem remexer essa caixa de Pandora que eu enterrei lá no fundo, do profundo do meu ser...
Pior é se reconhecer na maioria dos personagens... Eu era a mãe, o pai, a avó, a filha... Eu nem sabia que tinha tanta coisa escondida assim dentro de mim... Sério, chorei o filme inteirinho... Tive raiva, tive pena, tive empatia, senti toda a dor... Muito de mim ali... Agora tô aqui toda ferida, a flor da pele, jogada no sofá tentando respirar e escrever...
Já tinha compartilhado aqui um texto que Piangers tinha escrito pra mãe dele mas não tinha lido O Papai é pop... Eu tinha assistido entrevistas dele e me identificava com muitas coisas mas tudo junto assim foi demais pra mim...
Nunca vou conseguir explicar com palavras tudo que vivi e que foi remexido com esse filme, foram períodos tão extremos, foram intensos, e eu chorei... Chorei me localizando ali no meio de tanto sentimento embaralhados...
Um dia ouvi uma frase que passou a ecoar com muita força na minha cabeça desde que ouvi: "Ninguém nunca morreu por criar filho sozinho"... Só Deus sabe por quantas "mortes" eu tive que passar pra chegar até aqui... Só Deus e eu sabemos...
Eu não quero mais escrever... Nem vou editar pois minha visão está muito embaçada de tanto chorôro... Amanhã talvez eu edite mas precisava escrever... Eu precisava registrar que senti pra que um dia, quando voltar a ler, quem sabe eu entenda, eu tire uma lição, pra que essa sensação de vulnerabilidade e de força fiquem aqui abraçadas e eu saiba, eu lembre, eu reviva... Eu lembre que senti...
Você é foda pra c*****o! Você morre e renasce todo dia Fabrine. Sua filha está aí linda, forte, saudável, inteligente e com um coração tão lindo... Realmente, não mata ninguém... Mas mutila de várias maneiras...
Xôxa, capenga e murcha... Mas não morri!! (Essa seria a frase que eu colocaria numa camiseta)
Obrigada Piangers... Ao menos consegui sentir...
Sensível demais para abraços hoje!
Fiquem bem!! Bebam água!!